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Nepal: Programa de Reassentamento beneficia 40 mil pessoas

Comunicados à imprensa

Nepal: Programa de Reassentamento beneficia 40 mil pessoas

Nepal: Programa de Reassentamento beneficia 40 mil pessoasUm programa lançado há três anos para reassentar milhares de refugiados que viviam em campos no leste do Nepal ultrapassou a marca dos 40 mil beneficiários nesta segunda.
13 Dezembro 2010

KATHMANDU, Nepal, 13 de dezembro (ACNUR) – Um programa lançado há três anos para reassentar milhares de refugiados que viviam em campos no leste do Nepal ultrapassou a marca dos 40 mil beneficiários nesta segunda.

Devi Maya Gurung foi reconhecida como a 40.000ª refugiada a ser reassentada, momentos antes de embarcar em um avião no Aeroporto Internacional Tribhuvan de Kathmandu para começar uma nova vida com sua família nos Estados Unidos.

Ela estava entre um grupo de 198 refugiados do Butão que foram reassentados. Eles decolaram um dia antes da celebração do 60º aniversário do ACNUR.

Devi Maya, 39 anos, tem  quatro filhos e estava vivendo no campo de Beldangi One desde 1992, após fugir de tensões étnicas no Butão. “Eu estava confusa sobre meu futuro quando nós nos candidatamos para o programa de reassentamento. Após passar pelo processo e receber orientações culturais eu estou certa de que iremos nos sair bem,” diz.

“Esta é uma tremenda conquista que não teria sido possível sem o forte apoio do governo do Nepal e dos países de reassentamento,” disse Stephane Jaquemet, representante do ACNUR no Nepal, em uma cerimônia organizada em Kathmandu pela agência para refugiados e a Organização Internacional de Migrações (OIM).

Através do programa lançado em novembro de 2007, refugiados provenientes do Butão têm sido reassentados em oito países, a maioria – 34.129 – nos Estados Unidos. Os outros países de reassentamento são: Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Noruega, Dinamarca, Países Baixos e Reino Unido.

A agência da ONU para refugiados é responsável por entrevistar as pessoas e encaminhá-las para países de reassentamento, enquanto a OIM conduz pesquisas de saúde, organiza cursos de orientação cultural e transporta os refugiados dos sete campos ao leste do Nepal aos seus países de reassentamento.

“Nosso trabalho é garantir que os refugiados partam o mais rapidamente possível,” disse David Derthik, funcionário da OIM. “Uma vez que uma família refugiada tenha feito a decisão de se candidatar para reassentamento, eles estão ansiosos para começar sua nova vida assim o quanto antes.”

No começo do programa de reassentamento havia 108.000 refugiados do Butão residindo em campos nos distritros de Jhapa e Morang, no leste do Nepal, alguns dos quais viviam ali há quase duas décadas.

Dos 72.000 que permanecem nos campos, em torno de 55.000 mostraram interesse no reassentamento e devem partir dentro dos próximos quatro anos. “Nós continuamos recebendo constantemente expresões de interesse no programa de reassentamento,” Jaquemet disse. “E o aspecto positivo deste programa é que a taxa de aceitação dos países de reassentamento é de 99 por cento, a maior no mundo,” acrescentou.

“Estou muito contente por conseguir essa oportunidade. Espero que minha família consiga uma vida melhor nos Estados Unidos” disse Dhan Kumar Ghataney, de 43 anos, que também embarcou nesta segunda para os EUA com sua mulher e dois filhos. “Estou otimista, acho que encontrarei emprego e que meus filhos conseguirão uma educação melhor,” disse.

Enquanto o reassentamento é a única opção disponível para refugiados nos campos no leste do Nepal, o ACNUR, juntamente com a comunidade internacional, continuará seus esforços para atingir soluções compreensivas e duradouras para os problemas dos refugiados do Butão, incluindo a repatriação voluntária na medida em que as condições permitirem.

Pratibedan Baidya e Nini Gurung em Kathmandu, Nepal