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Emergência na Síria

Emergência na Síria

Uma ofensiva de grupos armados em 27 de novembro de 2024 levou à derrubada do antigo governo em 8 de dezembro, gerando esperanças de um fim para a maior crise de deslocamento do mundo, juntamente com a incerteza sobre o futuro imediato do país. Antes desses eventos dramáticos, mais de 13 milhões de pessoas continuavam deslocadas dentro da Síria e nos países vizinhos após mais de 13 anos de crise.

Desde o início da ofensiva, cerca de 1 milhão de pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, foram forçadas a se deslocar recentemente. Após a derrubada do governo, milhares de sírios retornaram espontaneamente ao país, vindos do Líbano e da Turquia, enquanto outros fugiram na direção oposta. Eles estão entre os milhões de sírios em toda a região que precisam da assistência do ACNUR.
Mulher com hijab e suas 3 filhas numa cidade em escombros

“O ACNUR está pronto para apoiar os sírios onde quer que eles estejam. Pedimos a todas as partes que ajam agora para garantir que este momento se torne um ponto de virada em direção à esperança, à recuperação e à paz e estabilidade duradouras para o povo sírio.”

Filippo Grandi, alto comissário da ONU para Refugiados

Após quase 14 anos de crise, a vida é mais difícil do que nunca para os refugiados da Síria. Desde 2011, milhões de sírios foram forçados a fugir de suas casas e buscaram segurança em países como o Líbano, Turquia, Jordânia e além. Enquanto a crise continua, a esperança diminui. Todos os dias é uma emergência para os sírios forçados a fugir.

Agora, com a derrubada do governo, a situação na Síria continua volátil e incerta, com o Secretário-Geral da ONU e o ACNUR entre os que pedem uma transição pacífica e ordenada do poder. Milhões de sírios deslocados no país e em toda a região estão observando os acontecimentos antes de tomar a decisão de voltar para casa.

Antes da derrubada do governo, mais de 13 anos de crise já haviam levado as necessidades humanitárias na Síria a níveis recordes em meio à destruição generalizada de casas e infraestrutura e ao colapso econômico. A intensificação dos ataques israelenses ao vizinho Líbano desde outubro de 2024 forçou centenas de milhares de refugiados sírios e libaneses a cruzar a fronteira com a Síria, piorando uma situação já desesperadora.

Confira a declaração sobre a Síria feita pelo alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi.

Mais de uma década de sofrimento

Milhões de sírios escaparam através das fronteiras, naquela que se tornou a maior crise de refugiados do mundo em décadas. Quase 14 anos após o início dos conflitos na Síria, mais de 13,5 milhões de pessoas foram forçadas a deixar tudo para trás. Vários cruzaram fronteiras para escapar das bombas e balas que devastaram suas casas e precisam do seu apoio para recomeçar

A grande maioria dos refugiados sírios nos países vizinhos vive em áreas urbana, sendo que mais de 275 mil viviam em abrigos até novembro de 2024. Em todos os países vizinhos, a vida é uma luta diária para milhões de refugiados sírios que têm pouco ou nenhum recurso financeiro.

“Sentimos que talvez fosse a nossa vez de morrer. Então decidimos partir”

Sahar, refugiado sírio no Líbano

Muitos chegam aos países vizinhos com recursos limitados para cobrir até mesmo as necessidades básicas, e aqueles que, no início, podiam contar com economias ou apoio de famílias anfitriãs agora precisam cada vez mais de ajuda.

Mas, embora a vida no exílio possa ser difícil, para os sírios que ainda vivem em casa também é extremamente desafiadora. Mais de 16 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária na Síria.

O que o ACNUR está fazendo para ajudar?

O ACNUR permanece em campo na Síria e está comprometido em permanecer e entregar ajuda. Em áreas onde a situação de segurança é estável, o ACNUR está retomando as atividades para alcançar os mais necessitados.

Em toda a Síria, como parte da resposta interagencial, o ACNUR está rastreando os fluxos de deslocamento, identificando o número e a localização das pessoas forçadas a se deslocar, avaliando as necessidades nos centros de acolhimento e fornecendo apoio essencial, incluindo alimentos, água, kits de dignidade, itens domésticos e assistência médica em espécie. 

Os centros comunitários apoiados pelo ACNUR foram reabertos na cidade de Aleppo e continuam a oferecer assistência em outras áreas, fornecendo serviços de saúde, aconselhamento e atividades de gerenciamento de casos, além de ajudar as pessoas necessitadas a terem acesso a alimentos, itens emergenciais e outros tipos de apoio humanitário disponíveis na comunidade.

Também continuamos a fornecer ajuda humanitária para salvar vidas de refugiados sírios em países vizinhos, ajudando os mais vulneráveis com dinheiro para remédios e outras necessidades básicas, fogões e combustível para aquecimento, tendas, cobertores térmicos e roupas de inverno.

Para garantir uma resposta coordenada nos principais países que abrigam refugiados, o ACNUR co-lidera, com o PNUD, o Plano Regional de Refugiados e Resiliência (3RP), coordenando o trabalho de mais de 270 parceiros em apoio aos esforços nacionais no Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Turquia.

No entanto, em um momento crucial para a Síria e para toda a região, é necessário urgentemente mais apoio internacional para garantir que milhões de pessoas que sofreram por tanto tempo recebam a ajuda de que precisam com urgência. Pedimos aos doadores que garantam que o ACNUR e seus parceiros tenham os recursos necessários para responder de forma rápida e eficaz, inclusive nos países vizinhos que ainda abrigam milhões de refugiados.

Com o apoio de pessoas como você, o ACNUR é capaz de fornecer abrigoalimentaçãoassistência médica e esperança a refugiados sírios em todo o mundo.

Você pode salvar e transformar a vida de refugiados sírios. Faça uma doação agora!

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