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Diálogos regionais dão voz às mulheres nos 60 anos do ACNUR

Comunicados à imprensa

Diálogos regionais dão voz às mulheres nos 60 anos do ACNUR

Diálogos regionais dão voz às mulheres nos 60 anos do ACNURMais de 120 mulheres e meninas, além de 70 homens, compareceram ao encontro de quatro dias, que terminou na sexta-feira na capital indiana.
19 Novembro 2010

NOVA DELI, Índia, 19 de novembro (ACNUR) – A agência da ONU para refugiados deu início nesta semana em Nova Deli a uma série de diálogos regionais com o objetivo de dar às mulheres refugiadas uma voz e uma oportunidade de influenciar mudanças durante o marco dos 60 anos do ACNUR.

Mais de 120 mulheres e meninas, além de 70 homens, compareceram ao encontro de quatro dias, que terminou na sexta-feira na capital indiana. Os co-organizadores, ACNUR e o Centro de Refugiados e Pesquisa da Universidade de New South Wales, estarão promovendo diálogos similares em Bangladesh, Colômbia, Jordânia até o fim de abril de 2011.

O ACNUR espera que os diálogos regionais desempenhem um importante papel em determinar o com que as mulheres refugiadas gostariam que seus governos se comprometessem durante a reunião ministerial dos países signatários da Convenção da ONU de 1951 sobre refugiados e as duas sobre apatrídia, que será realizada em dezembro de 2001 em Genebra. A reunião é uma parte fundamental das atividades que marcarão as comemorações do aniversário de 60 anos do ACNUR.

A agência para refugiados espera que este processo leve os estados a implementarem ações concretas para reforçar a proteção internacional, promoverem soluções duradouras, resoluções sobre situações de refugiados e que definam ações futuras destinadas aos desafios do deslocamento forçado.

Refugiados do Afeganistão, Miamar e Somália que estão participando dessa semana de reunião em Nova Deli contaram a doadores, autoridades de governo e integrantes do ACNUR os problemas que eles encontram em seu dia a dia, incluindo a falta de documentação apropriada, acomodações inadequadas, abuso sexual e psicológico fora de casa, falta de segurança e muitos outros problemas. Eles também propuseram meios para facilitar suas vidas.

Embora sejam gratos pelo asilo que recebem na Índia, os refugiados disseram ter encontrado diversas dificuldades. “Nossos filhos podem ir para a escola, mas eu tenho medo de que crianças locais os discriminem, riam deles, façam piadas sobre sua cor de pele e roupas ou que até agridam ou abusem deles”, declarou uma mãe somali, que fugiu de seu país há cinco anos.

Uma refugiada de Miamar, enquanto isso, falou sobre os problemas em encontrar um lugar para morar. “Sem documentos adequados é quase impossível alugar uma casa. Várias pessoas moram em um quarto apertado como não podemos pagar muito”, ela disse , acrescentando: “Existem momentos em que somos tantos que não podemos sequer deitar no chão”.

“Eu sinto que os diálogos são muito proveitosos. Mesmo que já conhecêssemos vários desses temas, nós ainda aprendemos sobre outros problemas relacionados especificamente às mulheres”, disse Montserrat Feixas Vihe, chefe da missão do ACNUR na Índia. “Os diálogos ajudaram a reforçar a relação com e entre os refugiados em Nova Deli, e forneceu capacitação para aqueles que muitas vezes se sentem desamparados”.

Muitas das questões discutidas em Nova Deli estão relaciones à proteção, tais como abrigos, sustento e educação e têm um grande impacto na vida das famílias, disse Eileen Pittaway, professora da Universidade de New South Wales. “Muitos homens nos disseram que se sentiam com raiva e desamparados por não poderem proteger suas próprias esposas, mães e filhas, apesar da proteção fornecida pelo governo, e que eles precisam de uma oportunidade para discutir isso”.

O ACNUR na Índia se preocupa principalmente com refugiados vindos de Miamar, Afeganistão e Somália, dos quais 15.000 vivem em áreas urbanas.

Astrid Genderen Van Stort em Nova Deli, Índia