Equador: Festival de futebol de rua promove cultura de paz e integração

ESMERALDAS, Equador, 20 de outubro (ACNUR) – O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) recebeu um reconhecimento da parte do município de Eloy Alfaro, no dia 16 de outubro, “em agradecimento a seu frutífero trabalho para proteger os direitos e o bem estar dos refugiados”.

O ato contou com a participação de Richard Mina, prefeito de Eloy Alfaro; Lenín Lara, governador de Esmeraldas e Lucrecia Burbano, vice-prefeita de São Lourenço. Maria Valles, oficial de proteção do ACNUR em Esmeralda, representou o ACNUR no evento. “Estamos muito felizes e motivados com esse reconhecimento. É importante continuar apoiando iniciativas – em conjunto com organizações civis e o governo – que beneficiem tanto a população refugiada como a população local”, disse Valles.

Além disso, o ACNUR e a Nación de Paz da Pastoral Social, em coperação com a Universidade Católica, a federação de Bairros e o município de Esmeraldas inauguraram no dia 17 de outubro um festival de futebol de rua como uma atividade de promoção da cultura de paz para dar “Cartão Vermelho à Violência e à Discriminação”. Participaram desta iniciativa 40 equipes de jovens equatorianos e pessoas de outros países que fazem parte da população refugiada.

Ao redor de 300 jovens celebraram a inauguração do festival no Parque Central de Esmeraldas. O festival continuará todos os domingos em diferentes bairros, até culminar em uma grande festa no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, que será organizada em coordenação com o Ministério da Justiça e Direitos Humanos. É uma festa para a cidade de Esmeraldas, com atividades variadas como desfiles, concertos musicais, dentre outras.

O futebol de rua é uma iniciativa de integração que não fomenta a competição entre as equipes, mas sim uma convivência harmônica, de respeito e solidariedade. Algumas regras são claras: homens e mulheres podem estar no mesmo time, assim como equatorianos, colombianos, e pessoas de outras nacionalidades. São priorizados os valores, e não unicamente os gols. Não há árbitros, mas sim mediadores que facitam os acordos sobre as regras e garantem o cumprimento destas.

Essa festa propõe uma alternativa para que meninos e meninas, jovens e adultos compartilhem momentos de aproximação cultural entre distintas gerações. “Apoiamos todos os esforços que contribuam para a formação dos jovens e para o fortalecimento a convivência. Sempre acreditamos que o futebol de rua é uma expressão popular, atribuindo-lhe um caráter de mediação. Estamos convencidos de que contribuímos para uma melhor convivência nos bairros”, disse Luis Verese, representante adjunto do ACNUR no Equador.