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Pela primeira vez em 2015, ACNUR entrega ajuda no leste de Alepo

Comunicados à imprensa

Pela primeira vez em 2015, ACNUR entrega ajuda no leste de Alepo

Pela primeira vez em 2015, ACNUR entrega ajuda no leste de AlepoPela primeira vez desde outubro do ano passado, ACNUR e o Crescente Vermelho Árabe Sírio conseguiram entregar ajuda humanitária a milhares de pessoas na região leste de Alepo.
18 Março 2015

DAMASCO, Síria, 18 de março de 2015 (ACNUR) - Pela primeira vez desde outubro do ano passado, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e o Crescente Vermelho Árabe Sírio conseguiram, graças a um cessar fogo temporário, entregar ajuda humanitária emergencial a milhares de pessoas na região leste de Alepo.

No último domingo, a trégua de seis horas entre as forças do governo e oposicionistas permitiram que agentes humanitários entregassem remédios, suprimentos médicos e roupas para o inverno, bem como alimentos do Programa Mundial de Alimentos a mais de 7 mil pessoas. Elas estão vivendo em áreas de difícil acesso de Bustan Al-Qasr, Al-Ansari, Al-Firdos, Al-Sukari e Mwasalat, todas em Alepo, a segunda maior cidade síria.

Esta trégua humanitária foi negociada pelo ACNUR e pelo Crescente Vermelho Árabe Sírio, permitindo que os agente humanitários descarregassem o material em Bustan Al Qasr, transportado por caminhões do ACNUR. Os itens foram colocados em 45 carrinhos e muitas viagens foram necessárias até que tudo pudesse ser distribuído ao longo da linha da trégua.

As roupas de inverno foram entregues diretamente às crianças nas escolas, enquanto os suprimentos hospitalares e a comida foram direcionados ao Hospital de Al-Zarzour, que deverá executar a distribuição na região.

“Isso demonstra como uma ação bem coordenada entre vários grupos pode facilitar o acesso aos mais vulneráveis em áreas de difícil acesso”, disse Amin Awad, diretor do Escritório do ACNUR para o Oriente Médio e Norte da África.

A região leste de Alepo tem sido fortemente afetada desde que a crise síria começou, em março de 2011. Entretanto, cerca de 600 mil pessoas continuam vivendo na região. A situação humanitária se deteriorou desde a última visita do ACNUR à região, em outubro de 2014. Os civis enfrentam dificuldades em acessar os serviços básicos, além da escassez de alimentos, remédios, suplementos hospitalares, água e serviços básicos de higiene.

No ano passado, o ACNUR forneceu itens de sobrevivência a mais de 4,5 milhões de pessoas pelo país, das quais 1 milhão viviam em zonas de difícil acesso ou sitiadas. Com a crise entrando em seu quinto ano, 12,2 milhões de pessoas afetadas pela guerra na Síria necessitam ajuda humanitária. Este número inclui 7,6 milhões de deslocados dentro da Síria, dos quais 5,6 são crianças.