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Repatriação de congoleses atinge 40.000 em Zâmbia

Comunicados à imprensa

Repatriação de congoleses atinge 40.000 em Zâmbia

Repatriação de congoleses atinge 40.000 em ZâmbiaO número de refugiados congoleses, que estavam em Zâmbia, repatriados pelo ACNUR desde 2007 atingiu a marca de 40.000.
24 Setembro 2010

KINSHASA, República Democrática do Congo, 24 de setembro (ACNUR) – O número de refugiados congoleses, que estavam em Zâmbia, repatriados pelo ACNUR desde 2007 atingiu a marca de 40.000.

O marco foi ultrapassado no último domingo, quando um barco fretado pelo ACNUR levando 555 pessoas chegou em Moba, na província de Katanga, na República Democrática do Congo (RDC), após atravessar o lago Tanganyika, do porto de Mpulungu na Zâmbia. Na quarta, outros 527 refugiados chegaram a Moba vindos da Zâmbia.

Os refugiados estavam vivendo nos campos de Mwange e Kala após fugir de sua terra natal para escapar do conflito. Eles agoram sentem que a segurança aumentou o suficiente para que eles voltem para casa.

O ACNUR planeja fechar o campo de Mwange na terça e o de Kala no próximo mês, antes que o programa de repatriação voluntária termine, no fim desse ano. Em torno de 7.200 refugiados foram repatriados em 2007, quando o programa começou, e aproximadamente 6.200 em 2010. O pico foi atingido em 2009, quando o ACNUR assistiu quase 17.000 retornos à RDC por barco ou veículo.

“O plano para 2010 é repatriar 7.000. Estamos dentro da meta. A vontade dos refugiados congoleses em Kala e Mwange de retornar à RDC é muito grande,” disse Phillipe Creppy, chefe do escritório do ACNUR na cidade zambiana de Kawambwa. Ele declarou que o marco havia sido alcançado graças ao apoio dos dois governos e dos doadores.

Refugiados que não desejem retornar à RDC serão transferidos de Mwange para o campo de refugiados de Meheba, localizado na Província Noroeste de Zâmbia.

Embora outras partes da RDC permaneçam instáveis, especialmente as províncias de Kivu do Norte, Katanga tem desfrutado de uma relativa paz desde que os combatentes assinaram um acordo de paz em 2003. Aqueles que chegaram recentemente a Moba afirmaram que se sentem mais confiantes sobre a situação em sua vasta província.

“Mesmo que eu não tenha um emprego na RDC, eu tenho que voltar para casa com a minha família. Eu tenho que voltar porque sou congolês,” Kibingwa Making, um médico de 45 anos, declarou ao ACNUR após sair do barco que recentemente o trouxe com sua família a Moba. Médicos certamente serão necessários para a reconstrução de Katanga.

A chegar a Moba, os barcos vindos de Zâmbia, que levavam os refugiados de volta para casa, foram recepcionados por uma multidão de familiares, oficiais do governo e trabalhadores humanitários, incluindo a equipe do ACNUR.

Em torno de 20.000 refugiados congoleses ainda estão em Zâmbia, mas a maioria já manifestou o desejo de voltar para casa. Muitos aprenderam a trabalhar nos campos da Zâmbia, especialmente nas áreas de agricultura, pesca ou carpintaria, o que os ajudará a construir uma nova vida no Congo.

De fato, alguns dos refugiados estão prosperando em Katanga. Kasenge wa Kasenge, por exemplo, retornou da Zâmbia no final de 2009 e abriu uma empresa de transportes em Moba. Ele hoje é dono de três caminhões. Quando ele fugiu para Zâmbia, ele levava  apenas US$250 no bolso.

Em Katanga, o ACNUR e seus parceiros fornecem capacitação para os refugiados repatriados e apóiam projetos geradores de renda e planos de micro-crédito. As pessoas repatriadas recebem alimentos, ajuda pra moradia para recomeçarem suas vidas, além de poderem contar com transporte para voltar à seus lugares de residência,

Celine Schmitt em Moba, na República Democrática do Congo, e Kelvin Shimo em Kasama, Zâmbia