Comida, abrigo e proteção prometem futuro estável para a RDC
Comida, abrigo e proteção prometem futuro estável para a RDC
GOMA, República Democrática do Congo, 23 de julho (ACNUR) - A Diretora Executiva do Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), Josette Sheeran, e o Alto Comissário para Refugiados, António Guterres, esperam que mais pessoas deslocadas pelo conflito na RDC encontrem a segurança necessária para retornarem às suas casas e recomeçarem a cultivar suas terras.
“Em todo o mundo observamos que, quando a segurança permite, as pessoas retornam às suas casas e retomam suas vidas”, disse Guterres. “Queremos ver mais disso acontecendo no leste do Congo. Mas essa é uma meta que só pode ser atingida se a proteção dos civis na RDC for uma prioridade nacional e internacional”.
“Não tenho dúvida que, dando o apoio que eles precisam e a estabilidade que anseiam, o povo desta região pode aproveitar a terra fértil em que vivem para construir um futuro melhor”, afirmou Sheeran. “Onde prevalece uma paz relativa, o PMA planeja ajudar as comunidades congolesas a retornarem a uma vida produtiva através de programas inovadores que utilizem dinheiro, cheques e o comercio local para apoiar o crescimento da economia agrícola”.
Sheeran e Guterres fizeram seus comentários antes da visita aos campos de deslocados próximos a Nyanzale para os congoleses que foram forçados a abandonar suas casas devido ao conflito no leste do Congo.
Os campos para deslocados internos perto de Nyanzale, a 130 kms de Goma, capital do Kivu do Norte, destacam um dos mais importantes trabalhos a serem feitos pelo PMA e pelo ACNUR no lesto do Congo. Ambas as agências estão apoiando as populações que foram expulsas de suas terras e comunidades pelo conflito, e preparando-as para um futuro melhor se a paz e a estabilidade perduram.
O PMA fornece assistência alimentar para cerca de 150 mil deslocados internos na Província do Kivu do Norte. Esse número inclui quase quatro mil pessoas vivendo em três campos próximos a Nyanzale. A grande maioria dos moradores dos campos é de mulheres – cerca de 70%. Grande parte delas perdeu seus maridos e muitas foram estupradas durante anos de violência no Congo.
No Kivu do Norte, o ACNUR está assistindo aos refugiados, coordenando a assistência humanitária a 84 mil deslocados internos em 42 campos, e trabalhando para prevenir e responder à violência sexual. Desde 2007, o ACNUR ajudou 106 mil deslocados internos a retornar para suas comunidades e reconstruir suas vidas.
Nos últimos 15 meses, a relativa estabilidade em algumas áreas permitiu que mais de um milhão de deslocados voltasse a suas vilas. Em outros lugares, entretanto, ocorreram novos e significativos deslocamentos. Devido ao instável ambiente de segurança da região, Sheeran e Guterres alertaram que as decisões relativas ao futuro das forças de paz das Nações Unidas devem levar em consideração seu apoio vital às agências humanitárias para chegar às pessoas deslocadas em áreas remotas e inseguras.
O PMA é a maior agência humanitária do mundo no combate à fome. A cada ano, em média, o PMA alimenta mais de 90 milhões de pessoas em mais de 70 países.
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O ACNUR trabalha para ajudar os milhares de refugiados e deslocados internos. Até o final de 2009 havia 43 milhões de pessoas em todo o mundo que foram obrigadas a se deslocar, incluindo 15,2 milhões de refugiados (10,4 milhões estão sob os cuidados do ACNUR), 983 mil solicitantes de refúgio e 27 milhões de deslocados internos.