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ACNUR utiliza vídeo para combater a xenofobia na Costa Rica

Comunicados à imprensa

ACNUR utiliza vídeo para combater a xenofobia na Costa Rica

ACNUR utiliza vídeo para combater a xenofobia na Costa RicaA Agência para Refugiados das Nações Unidas está participando de um festival bianual de vídeo como parte de seus esforços para combater a xenofobia ...
14 Abril 2010

SAN JOSÉ, Costa Rica, 14 de abril (ACNUR) – A Agência para Refugiados das Nações Unidas está participando de um festival bianual de vídeo como parte de seus esforços para combater a xenofobia e crescentes percepções negativas sobre refugiados na Costa Rica, em especial entre os jovens.

Jozef Merkx, representante da ACNUR na Costa Rica, declarou que a agência decidiu tomar esta nova abordagem depois que os resultados de uma pesquisa demonstraram que 57 por cento das pessoas que sabiam o que era um refugiado, tinha uma opinião desfavorável a respeito dos mesmos. O estudo, que fora encomendado pela ACNUR, também revelou que os refugiados eram os mais prováveis de serem vistos sob um prisma negativo por aqueles de faixa etária entre 18 e 35 anos.

“Foi então neste momento em que decidimos focar na juventude dentro de nossos esforços de combater a xenofobia. Sabíamos que esta população poderia ter a mente mais aberta [que os mais velhos] e atuar como agentes multiplicadores [por entenderem nossa mensagem de tolerância] e contribuir de fato com uma mudança”, explicou Merkx.

O ACNUR financiou uma iniciativa intitulada “A Panela de Pressão” (La Olla de Presión) na qual sete jovens cineastas foram reunidos durante uma semana para produzir um pequeno documentário sobre assuntos relacionados a refugiados para ser apresentado em “La 240”,  um festival de áudio-visual de uma semana para jovens oriundos da América Central.

A abertura do festival foi no domingo com a projeção de seu trabalho,  “Primeiro Plano” (Primera Plana), um forte documentário de sete minutos sobre um jornalista perseguido e forçado a fugir de sua casa e procurar refúgio no exterior. Sergio Pucci, uma das sete pessoas envolvidas com a produção filme, disse que aprendera muito sobre questões de refugiados enquanto estava pesquisando para o documentário. “Eu sabia que refugiados eram pessoas que estavam fugindo de casa, mas eu também confundia o termo com outros conceitos. Isso deve acontecer com muitos outros jovens”, ele disse.

“Primera Plana” teve uma boa recepção do público, que incluía alguns refugiados, tal como Camilo Saldarriaga, de 18 anos, da Colômbia. A maioria dos mais de 12.000 refugiados que moram na Costa Rica são originários da Colômbia, país no qual anos de conflitos deslocaram milhares de pessoas.

“Eu acho que é uma idéia maravilhosa essa de aumentar a consciência dos expectadores da 'La 240' porque muitos deles são produtores de áudio-visual que irão produzir mídia no futuro”, Saldarriaga comentou.  “Primera Plana” será apresentado durante todo o festival e em outros eventos no futuro.

Sergio Pacheco, um co-organizador do festival, declarou que ninguém escolhe ser refugiado. “Como sociedade e como ser humano, precisamos entender esta experiência (de ser um refugiado)  para poder apoiar os que passam por ela. Eu acredito que esta é a maior contribuição que podemos tirar de “La Olla de Presión”, ele declarou.

ACNUR vai organizar uma gama de atividades de conscientização sobre xenofobia na Costa Rica nos próximos meses.

 

Andrea Vásquez in San José, Costa Rica