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Mais de 200 mil pessoas deslocadas pelos conflitos no Iêmen

Comunicados à imprensa

Mais de 200 mil pessoas deslocadas pelos conflitos no Iêmen

Mais de 200 mil pessoas deslocadas pelos conflitos no IêmenMais de 200 mil pessoas já foram deslocadas pelo conflito no Iêmen desde 2004, informou hoje em Genebra o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados.
12 Janeiro 2010

GENEBRA, 12 de janeiro (ACNUR) – Mais de 200 mil pessoas já foram deslocadas pelo conflito no Iêmen desde 2004, informou hoje em Genebra o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Os últimos deslocamentos estão sobrecarregando a capacidade dos campos que abrigam os deslocados internos e esgotando os recursos nessas regiões, disse o porta-voz da organização, Andrej Mahecic.

 

“Não há calmaria na violenta luta entre as tropas do governo e as forças de Al Houti na província de Sa’ada, no norte do Iêmen. Esta nova onde do conflito já dura seis meses, e milhares de civis continuam fugindo para províncias vizinhas, numa desesperada busca por segurança, abrigo e assistência”, afirmou Mahecic.

 

A superlotação nos campos de Al Mazrak, na província de Hajjah, é a principal preocupação do ACNUR. Um dos campos já abriga cerca de 21 mil pessoas, mais do que o dobro da capacidade original. Um segundo campo, custeado pelos Emirados Árabes, está se enchendo rapidamente. Outro campo tem uma capacidade planejada para 1.200 famílias (ou 9.400 pessoas) com possibilidade de uma extensão adicional. As 50 primeiras famílias estão agendadas para chegar lá na próxima quinta-feira.

 

De acordo com Maheci, o número de deslocados internos fora dos campos também cresce rapidamente. “Existem enormes abrigos provisórios juntos às estradas, perto dos campos de Al Mazrak. Bombardeios podem ser escutados nessa área, o que é uma lembrança constante do conflito que está ocorrendo na região”, explicou.

  

O porta-voz da organização agradeceu o anúncio feito pela Organização da Conferência Islâmica de que irá construir um hospital, anexado ao terceiro campo de Al Mazrak, com uma ala de internação, equipamentos de raio-X e sala cirúrgica, além de uma escola. O hospital com 20 camas servirá para os deslocados internos em todos os três campos existentes a para a população local.

 

A falta de abrigo para os deslocados na província de Amran também é preocupante. A maioria deles está ficando com famílias ou alugando habitações. Durante a última semana, mais de cinco mil novos deslocados chegaram à região, e a busca por abrigos cria tensões com a população local. Na ausência de uma viável e imediata opção de campo, o ACNUR está planejando a criação de um centro em Amran como uma solução temporária.

 

Segundo Andrej Mahecic, o ACNUR está fazendo um apelo aos países doadores para que continuem oferecendo seu apoio para a operação da agência no Iêmen. “É preciso estar preparado para enfrentar a situação e prover a proteção e a assistência necessárias”, disse o porta-voz. Ele lembrou que muitos deslocados não estão recebendo qualquer assistência e que a distribuição de gás de cozinha foi suspensa devido à situação de insegurança. “Como resultado, muitos dos deslocados estão coletando madeira e cortando árvores em montanhas próximas”, afirmou o porta-voz do ACNUR.