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Tráfico de pessoas no Golfo do Áden deixa 16 afogados

Comunicados à imprensa

Tráfico de pessoas no Golfo do Áden deixa 16 afogados

Tráfico de pessoas no Golfo do Áden deixa 16 afogadosDezesseis pessoas morreram afogadas no Golfo de Áden em dois incidentes separados envolvendo embarcações que atuam no tráfico de pessoas entre a Somália e o Iêmen.
1 Setembro 2009

GENEBRA, 1 de setembro (ACNUR) - Dezesseis pessoas morreram afogadas no Golfo de Áden no último fim de semana em dois incidentes separados envolvendo embarcações que atuam no tráfico de pessoas vindas da Somália, informou em Genebra o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR). Esta região tem sido palco de constantes incidentes envolvendo pessoas em necessidade de proteção que utilizam os serviços de contrabandistas para fugir da África em direção ao Iêmen.

Nos últimos cinco anos, 17 barcos com 835 pessoas chegaram ao Iêmen após fazerem a perigosa travessia do Golfo de Aden vindas do Chifre da África, uma região assolada por conflitos, instabilidade política, fome e seca. Entre janeiro e agosto deste ano, 36 mil africanos chegaram à costa do Iêmen, um aumento de 33 por cento sobre o mesmo período do ano passado. Em 2008, cerca de 50 mil pessoas chegaram ao Iêmen em barcos de contrabandistas. Aproximadamente 590 pessoas morreram afogadas, e outras 359 estão desaparecidas no mar e dadas como mortas.

Passageiros a bordo do primeiro barco informaram que a embarcação tombou no início da noite de sábado quando os traficantes começaram a empurrar nas águas da costa do Iêmen os 44 somalis que se encontravam a bordo. Os demais passageiros ficaram assustados e moveram-se para um dos lados do navio, fazendo-o virar.

Trinta e quatro passageiros conseguiram chegar à costa perto Rujehma, cerca de 150 quilômetros a leste do centro de acolhimento Mayfa'a. Sete corpos foram recuperados e enterrados em um cemitério por uma agência parceira do ACNUR. Outros três cidadãos africanos continuam desaparecidos, e seus paradeiros, desconhecidos.

O segundo barco, que estaria transportando 42 somalis, chegou à costa do Iêmen no domingo de manhã após ter navegado por quase um dia. Temendo serem detidos pelas autoridades iemenitas, os traficantes forçaram os passageiros a nadarem até a costa. Como resultado, três pessoas morreram afogadas e três estão desaparecidas - provavelmente mortas. Trinta pessoas conseguiram nadar até a praia, enquanto outros seis teriam ficado a bordo com os traficantes.

Para responder a um potencial fluxo de recém-chegados, o ACNUR desenvolveu com outros parceiros e autoridades locais um plano para proporcionar proteção e assistência a até 20 mil pessoas. “Além disso, melhoramos as condições dos centros de acolhida Ahwar e Mayfa'a e estabelecemos presença, por meio de nossos parceiros, em Bab al Mandab, no Mar Vermelho, e no novo centro de trânsito em Mayfa'a Hajar, a aproximadamente 50 km a oeste de Mukalla”, disse o porta-voz do ACNUR, Andrej Mahecic.