Close sites icon close
Search form

Search for the country site.

Country profile

Country website

ACNUR aumenta resposta de emergência no Sri Lanka; 63 mil pessoas já fugiram dos conflitos no norte do país

Comunicados à imprensa

ACNUR aumenta resposta de emergência no Sri Lanka; 63 mil pessoas já fugiram dos conflitos no norte do país

ACNUR aumenta resposta de emergência no Sri Lanka; 63 mil pessoas já fugiram dos conflitos no norte do paísO Alto Comissariado das Nações Unidas ...
17 Abril 2009

Brasília, 17 de abril de 2009 - O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) aumentou sua resposta emergencial no norte de Sri Lanka, onde o número de deslocados internos cresce devido a um intenso conflito entre militares e o Exército de Libertação dos Tigres do Tâmil Eelam (LTTE, na sigla em inglês).

Mais de 63 mil pessoas já fugiram da zona de conflito, concentrada na costa nordeste do país, e estão sendo acomodadas em diversos centros de transição e campos para deslocados internos nos distritos de Vavuniya, Jaffna e Mannar.

O ACNUR, juntamente com o governo e outros parceiros, está respondendo a esta emergência com abrigos e a distribuição regular de itens de assistência humanitária, ao mesmo tempo em que monitora a proteção dos deslocados.

“As distribuições estão concentradas em Vavuniya, onde a maioria dos deslocados está acomodada. Já distribuímos cerca de 36 mil esteiras, mais de 22 mil lençóis, 32 mil telas para mosquitos, mais de 46 mil peças de roupas masculinas e femininas, 9 mil utensílios de cozinha e milhares de kits de higiene”, afirmou hoje o porta-voz da agência, Ron Redmond.

A construção das unidades de abrigo emergencial pelos parceiros do ACNUR está em andamento e, apesar das dificuldades devido às condições físicas adversas dos campos, o trabalho de uma unidade em Vavuniya, que tem capacidade para mais de 27 mil pessoas, deve terminar na próxima segunda-feira (20). “Pedimos ao governo que providencie mais locais, inclusive no distrito de Mannar, para aliviar a superpopulação dos atuais campos e diminuir a pressão sobre os serviços em Vavuniya”, explica Redmond.

Apesar dos avanços em proteção nos abrigos de Vavuniya, como a permissão de visitas familiares, os serviços de telefonia, telegrama e e-mail e a reunião de cerca de 1,3 mil famílias, a agência da ONU para refugiados pede ao governo que acelere o progresso em outras questões de proteção.

“Pedimos ao que governo inclua em suas preocupações de proteção a manutenção do caráter civil dos campos, a separação de ex-combatentes da população civil e a realização de um processo de seleção. O ACNUR tem feito sugestões concretas e continuará trabalhando próximo ao governo para garantir que mínimos padrões internacionais sejam conhecidos e respeitados em todos os campos”, disse o porta-voz da agência.

O ACNUR acredita que o principal objetivo do governo deve ser o de facilitar o retorno seguro e voluntário dos deslocados para suas vilas de origem. “Pedimos à comunidade internacional que apóie técnica e financeiramente o governo na retirada das minas nas áreas de retorno. O ACNUR está preparado para apoiar o governo no planejamento do retorno dos deslocados internos para o norte”, afirmou Redmond.

A agência da ONU para refugiados continua extremamente preocupada com o sofrimento da população civil que permanece na zona de conflito. De acordo com relatos de pessoas que conseguiram fugir da área, as condições humanitárias são péssimas e a situação tem piorado com as fortes chuvas e ventos. Muitas famílias estão vivendo em áreas inundadas, em tendas destruídas ou embaixo de árvores.

O ACNUR pede ao LTTE que permita a saída imediata dos civis desta área e também que ambas as partes em conflito respeitem o Direito Internacional Humanitário, garantindo a segurança da população civil inocente.