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ACNUR atende novas vítimas de conflitos na África

Comunicados à imprensa

ACNUR atende novas vítimas de conflitos na África

ACNUR atende novas vítimas de conflitos na ÁfricaBrasília, 06 de fevereiro de 2009 - O ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) está ampliando suas ações no continente africano devido ao impacto humanitário cada vez maior dos contínuos conflitos armados na região. O porta-voz do ACNUR, Ron Redmond, informou hoje em Genebra que novas ações de emergência estão sendo implementadas no Chade, Etiópia e Congo.
6 Fevereiro 2009

Brasília, 06 de fevereiro de 2009 - O ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) está ampliando suas ações no continente africano devido ao impacto humanitário cada vez maior dos contínuos conflitos armados na região. O porta-voz do ACNUR, Ron Redmond, informou hoje em Genebra que novas ações de emergência estão sendo implementadas no Chade, Etiópia e Congo.

Segundo Redmond, um comboio de onze caminhões e cinco veículos leves carregados com artigos de assistência emergencial saiu hoje de Abeche, no Chade, em direção ao sudeste do país para atender cerca de 10.500 refugiados que estão próximos à fronteira com a República Centro Africana (RCA), onde conflitos armados entre governo e rebeldes começaram em dezembro passado. Autoridades do Chade estimam que, só nesta semana, cerca de 5.000 refugiados - mulheres e crianças, em sua maioria - entraram no país vindos da RCA.

Além do ACNUR, participam do comboio o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e a agência de cooperação da Alemanha (GTZ). Os veículos levarão três dias para chegar à fronteira do Chade com a RCA. Lá, atenderão os refugiados com 3.000 kits de cozinha, 3.000 jarras para armazenamento de água, 4.000 cobertores, 4.500 colchões e 2.500 abrigos plásticos. "Muitos dos refugiados estão abrigados sob árvores, ao relento. A comida é escassa, e as pessoas estão precisando de assistência médica", informou Redmond, lembrando que o acesso a água potável é também um problema para a população local. No Chade, o ACNUR já assiste 250 mil refugiados sudaneses da região do Darfur, além de outros 52 mil refugiados vindos da RCA.

Outro comboio organizado pelo ACNUR e seus parceiros na Etiópia enviou nesta semana itens de emergência para cerca de 10 mil novos solicitantes de refúgio vindos da Somália. Cerca de 150 novos solicitantes cruzam a fronteira todos os dias. O porta-voz explicou que estão sendo distribuídos 3.000 mosquiteiros, 5.000 cobertores, 5.000 jarras para armazenamento de água e outros 3.000 kits de cozinha. Materiais para o registro dos solicitantes, além de geradores de energia, bombas de água e colchões serão distribuídos ainda hoje. Além do ACNUR, participam dessa operação o PMA e a Organização Mundial de Saúde (OMS), que disponibilizam comida e remédios, respectivamente.

No leste do Congo, as equipes do ACNUR que operam na fronteira com Ruanda estão empenhadas em realizar o repatriamento voluntário de civis ruandeses que querem voltar a seu país. "Aumentamos o número de caminhões e abrimos um novo centro de trânsito em Bukavu, capital da província de Kivu do Sul, para acomodar até 500 pessoas", explicou o porta-voz. Segundo Redmond, cerca de 480 civis devem ser repatriados hoje. Só neste ano, outros 1.400 ruandeses que estavam no Congo retornaram a seu país de forma voluntária. O porta-voz avalia que os civis estão fugindo da ofensiva militar iniciada pelos exércitos de Ruanda e do Congo contra a milícia Forças Democráticas para Libertação de Ruanda. Entre os repatriados estão ex-combatentes da milícia, que se apresentaram voluntariamente às forças de paz da ONU no Congo. Neste país, as operações do ACNUR assistem mais de 155 mil refugiados.

No seu briefing de hoje, em Genebra, Ron Redmond informou também que o governo do Quênia concordou em ceder terrenos para acomodar um número cada vez maior de refugiados vindos da Somália. Em reunião com o vice Alto Comissário da ONU para Refugiados, Craig Johnstone, o primeiro ministro do Quênia, Rila Odinga, concordou com a criação de um novo campo de refugiados no nordeste do país. "Iremos reduzir a pressão na região de Dadaab, onde as instações com capacidade para 90.000 refugiados já abrigam cerca de 250 mil pessoas", informou o porta-voz.