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Comboio com assistência humanitária do ACNUR deve chegar hoje à RDC

Comunicados à imprensa

Comboio com assistência humanitária do ACNUR deve chegar hoje à RDC

Comboio com assistência humanitária do ACNUR deve chegar hoje à RDCBrasília, 04 de novembro de 2008 – A agência da ONU para refugiados anunciou nesta terça-feira que um comboio carregado com 33 toneladas de itens de assistência para os deslocados pelo conflito na República Democrática do Congo (RDC), incluindo toldos plásticos, cobertores, utensílios de cozinha e galões, deve chegar ainda hoje em Goma, capital de North Kivu.
4 Novembro 2008

Brasília, 04 de novembro de 2008 –  A agência da ONU para refugiados anunciou nesta terça-feira que um comboio carregado com 33 toneladas de itens de assistência para os deslocados pelo conflito na República Democrática do Congo (RDC), incluindo toldos plásticos, cobertores, utensílios de cozinha e galões, deve chegar ainda hoje em Goma, capital de North Kivu.

Os caminhões partiram no fim da semana passada de Ngara, Tanzânia, onde fica um depósito regional do ACNUR, e viajam via Burundi e Ruanda. A agência possui também um depósito na própria cidade de Goma. “Estamos fazendo de tudo para distribuir mais assistência para as cerca de 250 mil pessoas que se deslocaram desde a escalada dos conflitos na região, no fim de agosto”, afirmou Ron Redmond, porta-voz do ACNUR.

No momento, aproximadamente 135 mil deslocados estão nos seis campos dirigidos pela agência da ONU para refugiados na região de Goma. “Como temíamos, três campos para deslocados internos do ACNUR próximos à cidade de Rutshuru, no leste da República Democrática do Congo – Dumez, Nyongera e Kasasa – foram destruídos e esvaziados”, explicou Redmond.

Funcionários do ACNUR que integram uma missão interagencial da ONU partiram ontem para Rutshuru. “Desde que os conflitos eclodiram, esta é a primeira vez que  temos acesso a este território, controlado atualmente pelas forças de Laurent Nkunda”, disse o porta-voz.  De acordo com Redmond, a prioridade da agência agora é avaliar o estado dos campos e de outros acampamentos improvisados para deslocados internos na região e definir o destino das cerca de 50 mil pessoas que estavam abrigadas nestes locais até a semana passada.

Os deslocados internos dos campos ao redor de Rutshuru fugiram do norte rumo à Nyamirima e Kanyabayonga e do leste para Ishasha, em Uganda. Muitos se juntaram a amigos e parentes em vilas próximas, enquanto outras encontraram abrigo nas igrejas e prédios públicos. A missão da ONU seguirá hoje para Dumez para avaliar a situação local.

“Nossos funcionários relataram que, na rota para Rutshuru, passaram por Kibumba, um acampamento improvisado que fica 40 quilômetros ao norte de Goma. Eles descreveram os locais como vazios e destruídos, como se nada tivesse existido ali antes”, afirmou o porta-voz da agência da ONU para refugiados.

O campo de Kibumba chegou a abrigar 26 mil deslocados internos, e a maioria fugiu para Kibati, no norte de Goma, onde vivem atualmente cerca de 65 mil pessoas.

Para assistir os deslocados que chegam no campo de Kibati, o ACNUR contruiu ontem o primeiro de pelo menos cinco amplos depósitos portáveis que serão utilizados como abrigo provisório pelas novas famílias deslocadas. O  ACNUR está também distribuindo mais de 100 mil barras de sabão e 28 mil galões de água para evitar um possível surto de cólera ou febre tifóide.

Além do aumento do número de deslocamentos internos, muitos congoleses continuam a cruzar a fronteira com Uganda. Durante o último fim de semana, a equipe do ACNUR em Ishasha recebeu mais de mil pessoas originárias da área de Rutshuru, que afirmaram estar deslocadas há mais de dois meses de suas vilas e decidiram partir para Uganda depois dos ataques aos campos onde viviam.

No total, 10 mil refugiados congoleses chegaram em Uganda desde que os últimos conflitos eclodiram no fim de agosto na RDC.