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ACNUR presta assistência humanitária emergencial a indígenas na Colômbia

ACNUR presta assistência humanitária emergencial a indígenas na Colômbia

21 Abril 2008

Brasília, 22 de abril de 2008 - Uma missão de assistência humanitária organizada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) beneficiou, na semana passada, diversas comunidades indígenas ao longo do rio Guaviare, no leste da Colômbia. A região é disputada por grupos armados irregulares e as Forças Armadas da Colômbia tentam recuperar o controle do território.

O medo e a escassez de combustível paralisaram o transporte fluvial na região. Mesmo assim, a missão entregou de barco 14 toneladas de comida para cerca de mil pessoas em quatro pontos do rio: Mocuare, Puerto Alvira, Barranco Colorado e o município central de Mapiripan.

A operação contou com o apoio do Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas. “O ACNUR pediu ajuda ao PMA, que nos atendeu imediatamente, devido à situação humanitária extremamente difícil na região, que enfrenta escassez de alimento e elevado risco de deslocamento forçado”, explicou em Genebra o porta-voz do ACNUR, Ron Redmond.

Rumores de um iminente conflito entre grupos armados irregulares e forças do governo têm causado pânico generalizado entre a população civil e centenas de pessoas estão fugindo, em alguns casos caminhando dias pela floresta. No vilarejo de Barranco Colorado, por exemplo, está praticamente vazio, à parte de dois grupos indígenas com cerca de 40 famílias cada. Puerto Alvira perdeu cerca de 75% de sua população, estimada em 3.000 pessoas.

As pessoas que optaram por permanecer em suas localidades estão agora virtualmente desligadas do resto do mundo. Alimentos não chegam regularmente na região e a pouca quantidade disponível está extremamente cara. Membros da missão emergencial também notaram uma falta generalizada de medicamentos, assim como a ausência de recursos para evacuar doentes em caso de emergência.

A igreja local, representantes da Defensoria do Povo e funcionários do Ministério da Proteção Social da Colômbia também participaram da missão. Além das rações de comida, foram distribuidos kits de higiene básica e materiais escolares doados pela prefeitura local.

A maioria dos beneficiários pertence aos grupos indígenas Guyabero e Nukak Maku. Algumas famílias não-indígenas identificadas como extremamente vulneráveis também receberam assistência. Tanto os Guyabero quanto os Nukak Maku são da região de Guaviare. “A maioria foi forçada a deixar suas terras como resultado dos conflitos armados, colocando em risco a sobrevivência como grupos étnicos”, comentou Redmond.

De acordo com as leis colombianas e internacionais, estes grupos devem ser protegidos para não perder seus territórios, e a missão humanitária da semana passada é parte de uma série de medidas de proteção preventivas com esta finalidade. O ACNUR e o PMA, junto com parceiros locais, também estão iniciando diversos projetos na região, como um restaurante escolar em Puerto Alvira e programas de bem-estar social para idosos e crianças com menos de cinco anos.

Existem 80 diferentes grupos indígenas na Colômbia, que juntos formam 2% da população total do país. “Proporcionalmente, esses grupos são mais afetados pelo deslocamento forçado que o restante da população colombiana”, afirmou o porta-voz do ACNUR. No final de 2007, cerca de 2,4 milhões de colombianos foram registrados junto ao governo federal do país como vítimas do deslocamento forçado interno.

Assessoria de Comunicação
ACNUR Brasil