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Mais de 100 mil refugiados retornam para o sul do Sudão

Mais de 100 mil refugiados retornam para o sul do Sudão

27 Março 2008

Brasília, 28 de março de 2008 - A repatriação voluntária de refugiados sudaneses para a região sul do país atingiu a marca de 100 mil pessoas na semana passada, informou hoje em Genebra o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), que implementa um programa de repatriação no Sudão desde dezembro de 2005.

Atualmente, cerca de 4,5 mil refugiados sudaneses retornam ao país todas as semanas. "Com o aumento no transportes de refugiados que se encontram em Uganda ou na Etiópia, esperamos atingir a marca de 6 mil repatriados por semana até meados de abril", afirmou o porta-voz do ACNUR, Ron Redmond.

Os sudaneses que estavam refugiados em Uganda representam o maior grupo de retornados - cerca de 2,7 mil pessoas por semana. Além da Etiópia, há também repatriados vindos de campos no Quênia - de onde já vieram cerca de 5 mil pessoas neste ano.

Com o programa de repatriação, o ACNUR espera fechar os campos de refugiado de Bonga e Dimma, localizados na Etiópia e que abrigam cerca de 35 mil refugiados sudaneses. Segundo o porta-voz da agência da ONU para refugiados, cerca de 1,2 mil refugiados que vivem no país voltam ao Sudão a cada semana.

Além dos 100 mil refugiados sudaneses que voltaram para casa por meio do programa de repatriação do ACNUR, outros 150 mil já retornaram ao Sudão por conta própria desde janeiro de 2005, quando foi assinado um acordo de paz que pôs fim a 21 anos de guerra civil entre o norte e o sul do país. Mesmo assim, cerca de 260 mil refugiados sudaneses continuam vivendo em outros países.

Em fevereiro, o ACNUR lançou um apelo de 63 milhões de dólares para financiar suas operação no sul do sudão, o que inclui a organização da repatriação voluntária e a reintegração dos refugiados sudaneses.

O retorno de refugiados sudaneses para seu país é organizado pelo ACNUR com o apoio da Organização Internacional para a Migração (OIM), da agência de cooperação alemã  GTZ, dos países que abrigam os refugiados sudaneses e das autoridades governamentais do sul do Sudão.