Close sites icon close
Search form

Search for the country site.

Country profile

Country website

10 fatos sobre os 10 anos do campo de refugiados de Za'atari

Comunicados à imprensa

10 fatos sobre os 10 anos do campo de refugiados de Za'atari

1 Agosto 2022
Caminhões entregam abrigos pré-fabricados em uma estrada de asfalto recém-construída no campo de refugiados de Za'atari, na Jordânia, em novembro de 2012. © ACNUR/Brian Sokol

Dez anos atrás, um grupo de 450 sírios emergiu do deserto sob o manto da escuridão e cruzou a fronteira para o país vizinho, a Jordânia, para escapar dos combates em seu país natal. Mais tarde naquele dia, estes sírios se tornaram os primeiros habitantes do recém-inaugurado campo de refugiados de Za'atari.

Em um ano, a população do campo subiu para 120.000 pessoas. As tendas que forneciam um teto temporário nas primeiras semanas e meses foram substituídas por milhares de abrigos de metal. Estradas, escolas e hospitais foram construídos para atender às necessidades dos moradores, e lojas e pequenos negócios surgiram, administrados por refugiados empreendedores.

Após 11 anos de crise, a vida é mais difícil do que nunca para os deslocados sírios. Doe agora mesmo e transforme a vida de famílias refugiadas.

Uma década desde que o campo abriu seus portões, a população se estabilizou em cerca de 80.000 pessoas. Continua sendo o maior campo de refugiados do Oriente Médio e um dos maiores do mundo, e um símbolo da longa crise de refugiados sírios.

Aqui estão dez coisas que você precisa saber sobre Za'atari:

1. As barracas foram substituídas por 25.000 abrigos pré-fabricados

As primeiras pessoas refugiadas que chegaram ao campo de Za'atari receberam barracas do ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, para fornecer abrigo contra o clima rigoroso do verão. Em 2013, as tendas foram substituídas por caravanas estáticas. Sua vida útil é de seis a oito anos, o que significa que a maioria deles agora precisa de reparos urgentes. De acordo com uma avaliação recente, mais de 70% dos abrigos agora têm paredes, pisos e tetos considerados abaixo do padrão.

Ao doar para o ACNUR, você oferecemos ajuda humanitária que salva vidas para refugiados sírios.

2. Mais de 20.000 nascimentos foram registrados em Za'atari

Isso equivale a cerca de 40 bebês nascendo a cada semana. Metade da população do campo são crianças e muitas delas nunca visitaram outro lugar fora de Za'atari. De cuidados de saúde a centros comunitários, todos os serviços que as crianças precisam são fornecidos dentro do campo, incluindo escolas, que são administradas pelo Ministério da Educação da Jordânia.

Doe agora mesmo e transforme a vida de uma criança refugiada.

Uma mãe e seu filho vão a uma consulta em uma clínica especializada para mulheres e bebês em Za\'atari em 2013 © ACNUR/Jared Kohler

3. Um mercado movimentado possui 1.800 lojas

O "Sham Elysees" – uma brincadeira com "ash-Sham", uma palavra que os sírios usam para a cidade de Damasco, e a famosa avenida parisiense Champs-Élysées – se estende por quase três quilômetros pelo centro do campo, abrigando desde lojas de vegetais a oficinas de bicicletas, todas administradas por pessoas refugiadas. O empreendedorismo das pessoas refugiadas em Za'atari tem sido destaque em reportagens em todo o mundo. As relações comerciais com empresas e fornecedores locais da Jordânia na cidade vizinha de Mafraq significam que há um fluxo constante de caminhões de entrega indo e vindo do campo.

Vista da movimentada rua do mercado “Sham Elysees” em Za\'atari em junho de 2015 © ACNUR/Christopher Herwig

4. Oito instalações médicas oferecem cuidados de saúde gratuitos

Operadas por uma série de organizações internacionais e locais, as clínicas de saúde primária estão espalhadas pelo campo para tratar de todos, desde pacientes de emergência atendidos pelo serviço de ambulância do campo até pessoas refugiadas que chegam a pé. Aproximadamente 25.000 consultas médicas são realizadas todos os meses, com casos mais graves encaminhados para hospitais jordanianos em cidades próximas.

5. Mais de 30 organizações atuam no campo

Manter o campo de Za'atari funcionando não é tarefa fácil. Quase 1.200 funcionários de 32 diferentes agências da ONU e ONGs que trabalham no campo. De proteção à saúde, assistência em dinheiro e manutenção de abrigos, a coordenação é fundamental para manter tudo funcionando sem problemas. O ACNUR gerencia todas essas atividades em cooperação com o governo da Jordânia.

6. A água é um recurso precioso

Com a Jordânia reconhecida como o segundo país com a maior escassez de água do mundo, a água é um recurso precioso no campo, que está localizado no árido nordeste do país. Embora todos os abrigos do campo estejam conectados à rede de água, em uma pesquisa recente, 30% das famílias em Za'atari disseram que o abastecimento de água não era suficiente para suprir todas as suas necessidades.

Jovens sírios brincam em cima de um caminhão-tanque, que costumava ser a principal fonte de água do acampamento, no verão de 2013 © ACNUR/Jared Kohler

7. O campo de Za'atari é alimentado por energia solar

A usina de energia solar em Za'atari foi inaugurada em 2017 para fornecer energia verde e eletricidade para famílias refugiadas. Originalmente projetada para fornecer eletricidade por quase 12 horas por dia, a usina transformou a vida no campo. Graças a ela, foi possível que o mercado funcionasse à noite e que as pessoas andassem na rua com mais segurança. Nos últimos meses, no entanto, o ACNUR teve que reduzir o fornecimento de eletricidade para nove horas por dia para gerenciar os custos, pois a demanda por eletricidade disparou.

A maior usina de energia solar já construída em um ambiente de pessoas refugiadas fornece energia limpa ao campo © ACNUR/Mohammad Hawari

8. Apenas 4% das pessoas refugiadas possuem permissão para trabalhar

Na Jordânia, permissões de trabalho podem ser concedidas a refugiados sírios para que trabalhem em qualquer setor aberto a não jordanianos, incluindo agricultura, construção, serviços e indústrias básicas. Atualmente, no entanto, apenas 4% das pessoas refugiadas em idade ativa em Za'atari possuem essas permissões. À medida que o impacto da pandemia continua a ser sentido na economia da Jordânia, a falta de oportunidades de emprego para pessoas refugiadas e jordanianos está levando mais residentes dos campos a aceitar empregos de alto risco ou a se endividar. Dois terços das famílias de pessoas refugiadas em Za'atari relatam que estão endividadas.

Odai, de 28 anos, que mora no campo desde 2012, é dono de uma loja que vende sobremesas tradicionais árabes © ACNUR/Yousef Alhariri

9. O dinheiro físico está sendo substituído por dinheiro digital

O ACNUR distribui assistência em dinheiro a cada trimestre a todos as pessoas refugiadas que vivem no campo para ajudá-las a suprir suas necessidades básicas. Nos últimos meses, no entanto, as distribuições em dinheiro foram amplamente substituídas por dinheiro digital. 95% das famílias de pessoas refugiadas no campo agora têm uma carteira digital. Essa inovação está permitindo que as pessoas refugiadas façam pagamentos digitais e economizem dinheiro para o futuro.

10. A maioria das pessoas refugiadas quer voltar para casa um dia

Dados da pesquisa mostram que a maioria dos moradores do campo ainda deseja retornar à Síria no futuro. Enquanto a maioria acredita que ainda não é seguro no momento, a saudade de seu país continua forte – mesmo entre a geração mais jovem que nunca viu sua terra natal. Tradições transmitidas através das gerações ajudam a manter a cultura e a herança sírias vivas no campo, graças em parte aos fortes laços comunitários que cresceram no campo de Za'atari nos últimos dez anos.

Vista aérea do campo de refugiados de Za\'atari, na Jordânia © ACNUR/Mohammad Hawari

Com o apoio de pessoas como você, o ACNUR é capaz de fornecer abrigo, alimentação, educação, assistência médica e esperança a refugiados sírios em todo o mundo, mas as necessidades humanitárias na Síria são maiores do que nunca.

Você pode salvar e transformar a vida de refugiados sírios. Faça uma doação agora!