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Nadador Daniel Dias apoia a causa dos refugiados em campanha do ACNUR

Comunicados à imprensa

Nadador Daniel Dias apoia a causa dos refugiados em campanha do ACNUR

26 Agosto 2021
Daniel Dias, nadador que subiu ao pódio paralímpico consecutivamente desde Pequim 2008, conversa com a refugiada colombiana e artística plástica Ninibe Forero. © ACNUR/Cavaliere Films
São Paulo, 26 de agosto de 2021 – Na semana que antecedeu a abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global, lançou a campanha “Reflexos”, que colocou frente a frente, em uma conversa virtual, pessoas refugiadas empreendedoras que vivem no Brasil e atletas olímpicos e paralímpicos brasileiros. O compartilhamento de suas trajetórias revela histórias emocionantes, marcadas de superação e conquistas.

Dentre os atletas brasileiros participantes está o nadador Daniel Dias, o maior medalhista paralímpico do país – e que segue somando conquistas nos Jogos Tóquio 2020. Em sua primeira participação nesta Paralimpíada, Daniel conquistou o bronze nos 200 metros da categoria S5. Hoje (26), o atleta conquistou bronze nos 100 metros livre da classe S5 e três horas depois subiu ao pódio novamente com outro bronze, dessa vez no revezamente 4x50. Até o momento, o nadador soma 27 medalhas olímpicas. Ao longo dos Jogos, Daniel ainda tem chance de conquistar outras três medalhas.

Antes de embarcar para Tóquio, mas já em intenso treinamento para a competição, Daniel conseguiu dedicar alguns minutos de sua agenda para conversar com a refugiada colombiana e artista plástica Ninibe Forero, que vive no Rio Janeiro com sua família.

“A gente deixou tudo para trás, toda a minha história dos últimos 35 anos, agora são só lembranças”, disse a artista plástica no vídeo ao retratar a sua trajetória.

A campanha Reflexos tem como proposta promover um diálogo entre duas pessoas que não se conhecem para que, juntos, possam conhecer suas semelhanças e se inspirar pelas diferenças. As pessoas refugiadas participantes integram a plataforma “Refugiados Empreendedores”, que lista diversos empreendimentos de pessoas refugiadas no Brasil.

Daniel Dias é o nadador paralímpico com mais vitórias na história do evento esportivo e reforçou na conversa com Ninibe sua história de superação.

“Eu vejo que todos nós temos um momento incrível na vida que a gente vira uma chavinha e nos transforma, nos faz entender o propósito”, disse o atleta.

Outros quatro atletas e refugiados empreendedores participaram do projeto, que rendeu diálogos sobre superação dos mais diversos ângulos:

  • Cristiane Rozeira (atleta do Santos FC e maior artilheira do futebol olímpico entre todas as modalidades) conversou com Tony Quintana (musicista venezuelano que vive em Manaus);
  • Darlan Romani, recordista sul-americano do arremesso do peso, conversou com Jacqueline Rodriguez, designer venezuelana que vive em Boa Vista.
  • Hugo Calderano (bicampeão mesatenista pan-americano) conversou com Lucia Loxca (arquiteta, musicista e chef síria que vive em Curitiba);
  • Wallace de Souza (campeão olímpico na Rio 2016 e recém campeão mundial de vôlei) conversou com Lavi Israel (artista plástico da República Democrática do Congo que vive em São Paulo).

Todos os vídeos da campanha podem ser acessados pelo Youtube e pelo IGTV do ACNUR Brasil.

Atletas Refugiados Paralímpicos

Em 30 de junho, o Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês) anunciou a participação da primeira Equipe Paralímpica de Refugiados em Tóquio 2020. Entre 24 de agosto e 5 de setembro, seis atletas de alto nível competirão na capital japonesa em cinco modalidades paralímpicas. A delegação de atletas paralípicos enviará uma mensagem inspiradora de resiliência e esperança para as 82,4 milhões de pessoas em situação de deslocamento forçado em todo o mundo, das quais 12 milhões são pessoas com deficiência.

“Estou imensamente orgulhoso de nossa colaboração com o Comitê Paralímpico Internacional na promoção da inclusão de pessoas refugiadas com deficiência no esporte. Esses atletas, como indivíduos e como uma equipe, estão enviando uma mensagem de esperança e inspiração para pessoas refugiadas em todo o mundo. Eles são pioneiros na promoção da inclusão de refugiados e de pessoas com deficiência no esporte de elite e na vida. Esperamos que esse exemplo nos aproxime de um mundo mais inclusivo e igualitário”, afirmou Filippo Grandi, Alto Comissário da ONU para Refugiados, no dia em que o time foi anunciado.

Para acessar os perfis de todos os atletas, clique aqui (em inglês).

Plataforma “Refugiados Empreendedores”

Lançada em fevereiro de 2021, a plataforma foi desenvolvida durante a pandemia da COVID-19 para dar mais visibilidade aos empreendimentos de pessoas refugiadas no Brasil e disponibilizar materiais para o aperfeiçoamento de negócios nas redes sociais.

Atualmente, são 81 negócios de refugiados empreendedores de 11 nacionalidades cadastrados, presentes em 20 cidades brasileiras e que atuam em sete segmentos de negócio: artesanato, cosmético e beleza, design e arte, gastronomia, idiomas, moda e plantas e paisagismo.

A plataforma foi lançada pelo ACNUR em parceria com a Rede Brasil do Pacto Global e com apoio de Aliança Empreendedora, International Finance Corporation (IFC), Migraflix, Instituto Rede Mulher Empreendedora, Facebook, Instituto Lojas Renner, Unidas e Governo dos EUA

Para mais informações, entre em contato:

ACNUR: Miguel Pachioni [email protected] | (11) 98875-3256