ACNUR celebra participação de paratletas refugiados nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020
ACNUR celebra participação de paratletas refugiados nos Jogos Paralímpicos Tóquio 2020
Em uma coletiva de imprensa realizada na madrugada desta 2ª feira (23), a chefe da delegação paralímpica refugiada, Ileana Rodríguez, reforçou a sensibilização do time sobre o tema dos deslocamentos forçados no mundo, em especial sobre o que acontece atualmente no Afeganistão.
"É muito triste o que está acontecendo no Afeganistão e nossos corações estão com as pessoas de lá. Estamos representando todas as pessoas do mundo que são refugiadas, então estamos trabalhando muito duro para enviar uma mensagem de esperança e ter certeza de que nosso time faz isso", afirmou. "Estou segura de que esses atletas irão dar tudo o que têm durante esses Jogos para inspirar as pessoas refugiadas e fazer que eles sintam esperança", completou Rodríguez.
Primeira mulher a competir como refugiada nas Paralimpíadas, Alia Issa comentou sobre sua presença nos Jogos. "Eu nunca acreditei que seria a primeira mulher refugiada paralímpica. É uma honra grande estar neste time. Estou um pouco nervosa sobre isso", admitiu a síria de 20 anos, que vive na Grécia.
Representando a equipe como porta-bandeira na cerimônia de abertura estão Alia Issa e o nadador afegão Abbas Karimi, que se tornou apoiador de alto nível do ACNUR em maio deste ano. A Equipe Paralímpica de Refugiados será a primeira a entrar no Estádio Olímpico do Japão para o desfile dos atletas durante a cerimônia de abertura e competirá sob a bandeira do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês).
Eles integram a primeira delegação oficial de refugiados a participar nos Jogos Paralímpicos, após a inclusão de dois atletas refugiados nos Jogos Rio 2016. A equipe é formada por seis atletas refugiados que atualmente vivem em quatro países de acolhida e competem em cinco modalidades paralímpicas, cujos perfis estão descritos em www.acnur.org.br/timederefugiados. A participação da equipe desafia o estigma e as percepções negativas em relação às pessoas deslocadas, incluindo pessoas com deficiência.
“É com enorme alegria que torço pela Equipe Paralímpica de Refugiados na Cerimônia de Abertura e durante as competições. A presença deles no cenário mundial nestes Jogos marca um momento histórico de representação para mais de 12 milhões de pessoas deslocadas com deficiência em todo o mundo”, afirma o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi.
“Pessoas com deficiência em situação de deslocamento forçado podem correr um risco elevado de discriminação, violência e exploração. Apesar desses imensos desafios, pessoas refugiadas com deficiência são agentes de mudanças positivas e líderes em suas comunidades, inclusive no esporte. Eles merecem acesso igualitário ao esporte e oportunidades de se destacar. Estarei orgulhosamente torcendo pela Equipe Paralímpica de Refugiados, que inspira o mundo com sua perseverança e talento”, acrescentou Grandi.
O ACNUR trabalha com e em prol de pessoas com deficiência em situação de deslocamento forçado para garantir que tenham acesso a serviços essenciais e oportunidades. A Agência tem trabalhado com o IPC desde 2016 para ajudar a proporcionar aos refugiados acesso ao esporte e para garantir um mundo mais inclusivo e igualitário.
O esporte pode ajudar a reduzir o estigma e a discriminação, desafiar suposições sobre o que as pessoas deslocadas com deficiência podem e não podem fazer, garantir a inclusão e empoderá-las. O esporte também ajuda as pessoas deslocadas com deficiência a alcançar um maior bem-estar físico e mental.
“Eu já disse isso e direi novamente: a Equipe Paralímpica de Refugiados é a equipe esportiva mais corajosa do mundo”, disse Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional. “Quando você vê a incrível jornada que esses atletas percorreram até Tóquio, você realmente entende como a mudança pode começar pelo esporte. Em Tóquio 2020, a Equipe Paralímpica de Refugiados representará com orgulho as 12 milhões de pessoas deslocadas com deficiência.”
Junto com o IPC e outros parceiros, o ACNUR está liderando um apelo global por um mundo em que todas as pessoas deslocadas forçadamente, incluindo as pessoas com deficiência, possam ter acesso e praticar esportes da mesma forma.
Notas para editores:
Para entrevistas com os atletas na mídia, por favor, entre em contato com [email protected].
Para perfis dos atletas refugiados paralímpicos e informações atualizadas, clique aqui.
Link da coletiva de imprensa realizada com integrantes da equipe, clique aqui
Para um porta-voz do ACNUR, entre em contato:
Brasil - Miguel Pachioni, [email protected]
Genebra - Aikaterini Kitidi, [email protected]
Japão - Deanna Bitetti, [email protected]
Nova York - Alicia Hosking, [email protected]
Recursos visuais:
Para imagens da Equipe Paralímpica de Refugiados clique aqui.
Vídeo:
Para o vídeo “A Jornada”, que descreve as histórias da Equipe de Refugiados, clique aqui.