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Maratonista encerra a participação da Equipe Olímpica de Refugiados em Tóquio

Comunicados à imprensa

Maratonista encerra a participação da Equipe Olímpica de Refugiados em Tóquio

6 Agosto 2021
Tachlowini Gabriyesos será o último atleta da Equipe Olímpica de Refugiados a competir em Tóquio 2020. © Al Jazeera/Showkat Shafi
São Paulo, 6 de agosto de 2021 - A participação da Equipe Olímpica de Refugiados em Tóquio será encerrada com a estreia do corredor eritreu Tachlowini Gabriyesos, percorrendo mais de 42 quilômetros pela capital japonesa. O atleta foi um dos primeiros a ser convocado para a delegação de atletas refugiados, fruto da parceria do Comitê Olímpico Internacional (COI) com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).

Antes de competir em uma das provas mais tradicionais das Olimpíadas, Tachlowini enfrentou diversos obstáculos, já aos 12 anos de idade. Com a escalada da violência na Eritreia, o jovem se viu obrigado a deixar sua casa e buscar proteção em outro país. Sempre acompanhado pelo amor à corrida, percorreu grandes distâncias passando pelo Sudão e pelo Egito, onde atravessou desertos até chegar a pé a Israel.

Atualmente, ele mora e treina em Tel Aviv, onde compete pelo clube Emek Hefer e é apoiado pela bolsa para atletas refugiados do COI.

Tachlowini já competiu em diversas distâncias: 3.000m, 5.000m, 10.000m, meia maratona e a maratona de 2020 e 2021, sempre registrando grandes progressos no tempo de conclusão das provas.

Mesmo com uma vida mais estável agora, o corredor ainda enfrentou diversos desafios, inclusive dentro do esporte, mas a resistência física, força mental e uma visão positiva das coisas o ajudou a superar momentos difíceis.

Em 2019, ele foi um dos seis atletas escolhidos para competir pela Equipe de Refugiados no Campeonato Mundial de Atletismo de Doha 2019. No entanto, durante uma escala em Istambul, surgiu uma questão com seu visto e ele foi forçado a permanecer no aeroporto turco por 27 horas. Este foi um golpe inesperado que impediu Tachlowini de mostrar seu talento ao mundo durante o campeonato.

Em julho de 2019, Gabriyesos havia estabelecido um novo recorde pessoal de 14:15.05 nos 5.000m, mas no calor em Doha chegou à marca de 14:28.11.

No ano seguinte, em outubro de 2020, ele estava pronto mais uma vez para representar a Equipe de Refugiados no campeonato mundial de meia-maratona em Gdynia, na Polônia, teve novamente problemas com seu visto e não pôde viajar.

Para um atleta refugiado, os obstáculos fora das pistas podem ser maiores que os adversários.

"Eu não sou de desistir”, disse Tachlowini Gabriyesos. Dois meses depois da decepção em relação à competição polonesa, o atleta bateu um novo recorde pessoal. Correu a sua primeira meia-maratona sob uma marca de 1:02:21.

Três meses depois, correu a maratona de Hula Lake Park, em Israel, e tornou-se o primeiro atleta refugiado a seguir um padrão de qualificação olímpica com o tempo de 2:10:55.

"Acho que estou em melhor forma do que no ano passado, mas fisicamente e mentalmente era difícil treinar com as restrições da pandemia", disse ele ao World Athletics em maio de 2021.

Agora, como membro da Equipe Olímpica de Refugiados, o atleta quer mostrar ao mundo a força das pessoas refugiadas. "Quero mostrar aos outros que tudo é possível e que não devem desistir”, contou ao COI.

Confira os detalhes da agenda da competição de Tachlowini Gabriyesos, de acordo com o horário de Brasília:

Maratona | Tachlowini Gabriyesos: 07/08 (sábado), a partir das 19h