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Alto Comissário da ONU para Refugiados elogia América Latina pelo compromisso com a inclusão de todos que precisam de proteção

Comunicados à imprensa

Alto Comissário da ONU para Refugiados elogia América Latina pelo compromisso com a inclusão de todos que precisam de proteção

23 Junho 2021
O Alto Comissariado da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, promove a inclusão de pessoas refugiadas em um evento realizado em Quito, Equador. © ACNUR/Santiago Escobar-Jaramillo
Quito (Equador), 23 de junho de 2021 – Ao final de uma visita com duração de uma semana a três países latino-americanos, o Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, parabenizou a região por sua solidariedade e compromisso em proteger refugiados, solicitantes da condição de refugiado e outras pessoas forçadas a se deslocar.

“Os países latino-americanos estão enfrentando um nível de deslocamento sem precedentes. Ainda assim, estes países aceitaram o desafio mostrando generosidade e dedicação únicas para encontrar soluções dignas para aqueles que foram forçados a deixar seus países”, disse Grandi.

A região das Américas abriga 20% dos 82,4 milhões de pessoas deslocadas à força em todo o mundo, incluindo a segunda maior crise de deslocamento forçado do mundo - os 5,6 milhões de refugiados e migrantes da Venezuela. Enquanto a América Latina luta para conter a pandemia da COVID-19, vários países iniciaram programas de regularização em grande escala para aproveitar todo o potencial e os conhecimentos das pessoas deslocadas e as contribuições que podem oferecer às suas comunidades.

“A inclusão é uma das formas de proteção mais práticas e concretas. Ajuda as crianças a terem acesso à educação e as pessoas a receberem os tratamentos médicos que precisam, evita a exploração e o abuso e apoia as pessoas a alcançarem a dignidade do trabalho e sua autossuficiência. Inclusão é a nova proteção”, afirma Grandi.

No Brasil, apenas em 2020, foram feitas 28.899 solicitações da condição de refugiado, sendo que o Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE) reconheceu 26.577 pessoas de diversas nacionalidades como refugiadas. Tanto os homens (50,3%) como as mulheres (44,3%) reconhecidos como refugiados encontravam-se, predominantemente, na faixa de 25 a 39 anos de idade e até o final do ano passado havia no território brasileiro mais de 57 mil refugiados, sendo mais de 46 mil (ou 80%) venezuelanos, de acordo com os dados da publicação Refúgio em Números, lançada ontem, em parceria com o ACNUR. Trata-se do maior número de pessoas venezuelanas reconhecidas como refugiadas em toda a América Latina.

Grandi escolheu comemorar o Dia Mundial do Refugiado na América Latina como um reconhecimento aos avanços feitos pela região na proteção e inclusão de refugiados e outras pessoas deslocadas de maneira forçada.

Segundo Grandi, “países como Colômbia e Equador estão tomando medidas corajosas e ousadas para aproveitar todo o potencial dos refugiados e de outras pessoas deslocadas. Os países latino-americanos são um exemplo para o mundo de como proteger as pessoas.”

O Alto Comissário iniciou sua viagem no Panamá, onde participou da Conferência de Doadores Internacionais para Refugiados e Migrantes da Venezuela. O país tem uma longa tradição de solidariedade para com as pessoas forçadas a deixar seus países e é o lar de mais de 2.500 refugiados e cerca de 13 mil solicitantes de refúgio de diferentes nacionalidades. Grandi também testemunhou um evento que celebra o poder da juventude em construir sociedades mais acolhedoras, com foco em lutas, sonhos e esperanças em comum.

Na Colômbia, já foi iniciado o processo anunciado pelo presidente Ivan Duque em fevereiro para conceder proteção temporária a mais de um milhão de venezuelanos. Grandi encontrou-se com o presidente e outras autoridades nacionais e locais, agradeceu a eles e ao povo da Colômbia por esta ação generosa que abrirá caminho para a plena inclusão dos refugiados e migrantes da Venezuela. Ele também se reuniu com refugiados e migrantes venezuelanos para ouvi-los sobre suas necessidades e preocupações.

Em seguida, Grandi viajou para o Equador, onde o presidente Guillermo Lasso anunciou um novo processo de regularização para venezuelanos no país. O Equador acolhe cerca de 430 mil refugiados e migrantes venezuelanos e tem uma longa tradição de refúgio e já reconheceu mais de 70 mil refugiados, a maioria colombianos. Na capital, Quito, Grandi encontrou-se com o vice-presidente e outros funcionários do governo, membros da sociedade civil, incluindo associações de refugiados e migrantes. Ele também se juntou ao setor privado no lançamento de uma nova estratégia para integrar as pessoas deslocadas de maneira forçada no mercado de trabalho, a fim de apoiar sua integração socioeconômica.

“Refugiados e outras pessoas deslocadas podem se tornar verdadeiros agentes de mudança e contribuir com as comunidades que os acolhem se tiverem a chance e as ferramentas para prosperar. Nesse sentido, o mundo pode aprender muito sobre inclusão e integração dos refugiados com a América Latina e Caribe”, afirma Grandi.

Um vídeo bruto (B-roll) da visita do Alto Comissário do ACNUR aos países latino-americanos está disponível aqui.

Para mais informações, entre em contato:

No Brasil, Luiz Fernando Godinho, [email protected], +55 61 8187 0978

Na Colômbia, Rocio Castaneda, [email protected], +57 314 411 54 31

No Equador, Ilaria Rapido, [email protected], + 593 98 430 8666

No Panamá, Olga Sarrado, [email protected], +507 6640 0185

No Panamá, Diana Diaz Rodriguez, [email protected], + 507 6646 3469

Em Genebra, Aikaterini Kitidi, [email protected], +41 79 580 8334