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ACNUR lança concurso global para estampar bolas de futebol desenhadas por pessoas refugiadas e brasileiras

Comunicados à imprensa

ACNUR lança concurso global para estampar bolas de futebol desenhadas por pessoas refugiadas e brasileiras

20 May 2021
Desenho ilustrativo para inspirar novas artes é apresentado pela empresa parceira do ACNUR no projeto, Alive and Kicking. Foto: ACNUR/Divulgação
São Paulo, 20 de maio de 2021 (ACNUR) – A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) considera o esporte e a arte ferramentas com potencial transformador, seja pela linguagem universal que detém, seja pelo potencial de mobilizar a opinião pública sobre temas globais – como o deslocamento forçado de pessoas. Além de as atividades esportivas serem práticas comuns na vida de pessoas refugiadas, são exercícios físicos e sociais que incentivam o desenvolvimento dessas pessoas, fortalecendo seus vínculos com a comunidade local.

Levando em consideração a importância dos esportes como facilitador da integração de pessoas refugiadas e considerando a preparação de um time de atletas refugiados nas Olimpíadas de Tóquio desde ano, o concurso de arte “Juventude #ComOsRefugiados”, promovido pelo ACNUR, lança sua segunda edição com a temática “O esporte nos une”.

Até o dia 25 de junho, pessoas entre 10 e 30 anos (refugiadas ou não) poderão enviar desenhos para a iniciativa, por meio do site acnur.org.br/concurso. Uma banca avaliadora composta por refugiados, artistas e atletas fará a seleção das propostas que serão encaminhadas de todas as partes do mundo – inclusive do Brasil.

Além do concurso geral sobre o tema, as cinco melhores criações serão transformadas em estampas de bolas de futebol (#BolaDosSonhos), produzidas por quenianos e refugiados que vivem no Quênia, com apoio da empresa fabricante de bolas Alive and Kicking.

“Iniciativas como essa fortalecem a convivência  pacífica entre pessoas refugiadas e as comunidades que as acolhem. As práticas esportivas ajudam os refugiados a serem integrados na sociedade, fazerem amigos e a desenvolverem um sentimento de pertencimento no novo local. Além disso, essas pessoas trazem consigo experiências, culturas e capacidades diversas de contribuições ao país”, afirma Luiz Fernando Godinho, Oficial de Comunicação do ACNUR no Brasil.

ACNUR e atividades esportivas

Segundo dados da publicação (em inglês) “Sports for Protection Toolkit: Programming with Young People in Forced Displacement Settings”, elaborada pelo ACNUR, quanto mais os jovens refugiados se envolvem com a sociedade local, maior é a capacidade de influenciar decisões, agregar valores e promover desenvolvimentos na estrutura social. Ainda de acordo com o documento, pesquisas realizadas com pessoas refugiadas mostram que participantes de programas esportivos desenvolvem um sentimento maior de pertencimento, o que ajuda adolescentes e jovens a impactarem positivamente os sistemas sociais nos níveis familiares e da comunidade.

O poder transformador dos esportes também é visível quando se fala em práticas esportivas de alto rendimento. Em janeiro de 2020, o ACNUR foi homenageado com a Taça Olímpica por contribuição ao esporte. E para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, segue trabalhando com o Comitê Olímpico Internacional na preparação de uma nova equipe de atletas refugiados. A equipe estreou em 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, com grande apoio público à causa. A relação dos participantes do Time de Atletas Refugiados Olímpicos e Paralímpicos será divulgado em breve, pelos canais do ACNUR.

 

Nota sobre o concurso

A edição inaugural do Concurso de Arte Juventude #ComOsRefugiados foi realizada em 2020 com o tema “Todos contam na luta contra a COVID-19, inclusive os refugiados”. O ACNUR recebeu cerca de 2 mil desenhos de 100 países e concedeu sete prêmios em todo o mundo, que foram transformados em animações pelo estúdio japonês Speed Inc.