ACNUR lança concurso global para estampar bolas de futebol desenhadas por pessoas refugiadas e brasileiras
ACNUR lança concurso global para estampar bolas de futebol desenhadas por pessoas refugiadas e brasileiras
Levando em consideração a importância dos esportes como facilitador da integração de pessoas refugiadas e considerando a preparação de um time de atletas refugiados nas Olimpíadas de Tóquio desde ano, o concurso de arte “Juventude #ComOsRefugiados”, promovido pelo ACNUR, lança sua segunda edição com a temática “O esporte nos une”.
Até o dia 25 de junho, pessoas entre 10 e 30 anos (refugiadas ou não) poderão enviar desenhos para a iniciativa, por meio do site acnur.org.br/concurso. Uma banca avaliadora composta por refugiados, artistas e atletas fará a seleção das propostas que serão encaminhadas de todas as partes do mundo – inclusive do Brasil.
Além do concurso geral sobre o tema, as cinco melhores criações serão transformadas em estampas de bolas de futebol (#BolaDosSonhos), produzidas por quenianos e refugiados que vivem no Quênia, com apoio da empresa fabricante de bolas Alive and Kicking.
“Iniciativas como essa fortalecem a convivência pacífica entre pessoas refugiadas e as comunidades que as acolhem. As práticas esportivas ajudam os refugiados a serem integrados na sociedade, fazerem amigos e a desenvolverem um sentimento de pertencimento no novo local. Além disso, essas pessoas trazem consigo experiências, culturas e capacidades diversas de contribuições ao país”, afirma Luiz Fernando Godinho, Oficial de Comunicação do ACNUR no Brasil.
ACNUR e atividades esportivas
Segundo dados da publicação (em inglês) “Sports for Protection Toolkit: Programming with Young People in Forced Displacement Settings”, elaborada pelo ACNUR, quanto mais os jovens refugiados se envolvem com a sociedade local, maior é a capacidade de influenciar decisões, agregar valores e promover desenvolvimentos na estrutura social. Ainda de acordo com o documento, pesquisas realizadas com pessoas refugiadas mostram que participantes de programas esportivos desenvolvem um sentimento maior de pertencimento, o que ajuda adolescentes e jovens a impactarem positivamente os sistemas sociais nos níveis familiares e da comunidade.
O poder transformador dos esportes também é visível quando se fala em práticas esportivas de alto rendimento. Em janeiro de 2020, o ACNUR foi homenageado com a Taça Olímpica por contribuição ao esporte. E para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, segue trabalhando com o Comitê Olímpico Internacional na preparação de uma nova equipe de atletas refugiados. A equipe estreou em 2016, nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, com grande apoio público à causa. A relação dos participantes do Time de Atletas Refugiados Olímpicos e Paralímpicos será divulgado em breve, pelos canais do ACNUR.
Nota sobre o concurso
A edição inaugural do Concurso de Arte Juventude #ComOsRefugiados foi realizada em 2020 com o tema “Todos contam na luta contra a COVID-19, inclusive os refugiados”. O ACNUR recebeu cerca de 2 mil desenhos de 100 países e concedeu sete prêmios em todo o mundo, que foram transformados em animações pelo estúdio japonês Speed Inc.