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Pedro Bial conta história dos 70 anos do ACNUR

Comunicados à imprensa

Pedro Bial conta história dos 70 anos do ACNUR

18 Fevereiro 2021
© ACNUR/Érico Hiller
Brasília, 18 de fevereiro de 2021 – A história dos 70 anos da Agência da ONU para Refugiados é o tema de um minidocumentário produzido pelo ACNUR no Brasil, desde hoje disponível em suas redes sociais (@ACNURBrasil). Narrado pelo jornalista Pedro Bial, Apoiador de Alto Perfil da agência no país, o minidoc está disponível no YouTube.

Com imagens raras obtidas nos arquivos da organização, o filme conta a história do ACNUR desde sua criação, em dezembro de 1950, até os dias atuais, ressaltando as principais operações nas quais o Alto Comissariado participou nas últimas sete décadas e mostrando como a organização se converteu em uma das maiores agências humanitárias do mundo.

O filme é mais um dos produtos de comunicação lançados para marcar o 70º aniversário do ACNUR. Na página ACNUR 70 anos estão disponíveis outros conteúdos, como um livro eletrônico com receitas preparadas por pessoas refugiadas e o link para uma exposição virtual com 16 obras de artistas latino-americanos que refletem sobre o crescente deslocamento forçado na América Latina – além de outros vídeos referentes à data.

“Os tempos mudaram, mas a missão do ACNUR continua a mesma. É chocante saber que graves violações de direitos humanos ainda provocam deslocamento forçado em tantos lugares do mundo. Esta é uma realidade que cresce ano após ano”, diz Pedro Bial, Apoiador de Alto Perfil do ACNUR no Brasil. Para ele, “cada um de nós pode fazer sua parte, contribuindo para que pessoas refugiadas sejam acolhidas e tenham seus direitos respeitados. Esperamos por um dia em que esse trabalho em prol dos refugiados não seja mais necessário”, completa o jornalista.

2ª Guerra Mundial - Criado em 1950 com 34 funcionários e a tarefa de solucionar os problemas de refugiados europeus vítimas da 2ª Guerra Mundial, o ACNUR deveria existir por apenas três anos. Mas diferentes guerras e conflitos desde a sua criação apresentaram desafios constantes à organização, que hoje está presente em mais de 130 países, com uma equipe de mais de 17 mil funcionários.

A situação do deslocamento forçado nestas sete décadas também evoluiu consideravelmente. Segundo a mais recente atualização estatística do ACNUR, mais de 80 milhões de pessoas encontram-se fora dos seus locais de origem devido a guerras, conflitos, perseguições e violações de direitos humanos – cerca de 1% da população mundial, maior percentual já registrado pela organização e o dobro em relação à década anterior.

O Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, tem afirmado que a existência do ACNUR por um período tão longo mostra que a comunidade internacional tem falhado na sua tarefa de prevenir e solucionar conflitos, o que está na raiz das grandes crises humanitárias do passado e do presente. “Um mundo que prometeu embarcar em uma nova era de paz se mostrou muito bom em escolher brigas, mas pouco adepto a resolvê-las”, reflete Filippo Grandi, que é o 11º Alto Comissário da ONU para Refugiados. “Para uma organização que deveria deixar de existir três anos após ser criada, este é um aniversário desconfortável que não temos a intenção de celebrar”, afirma o Alto Comissário.

“Desde sua criação, a missão do ACNUR tem sido proteger pessoas forçadas a se deslocar por causa de guerras, conflitos e violações de direitos humanos, provendo assistência humanitária e soluções duradouras para milhões de pessoas ao redor do mundo”, completa o Representante do ACNUR no Brasil, Jose Egas.

O ACNUR esteve envolvido na resposta emergencial a diversas crises humanitárias além daquela gerada pela 2ª Guerra Mundial: desde os refugiados húngaros nos anos 50 esmagados por tropas soviéticas (sua primeira operação de emergência), passando pelas vítimas das guerras de independência dos anos 60 e dos regimes ditatoriais na América Latina dos anos 70 e 80, até os recentes conflitos no Oriente Médio e suas repercussões na Europa, chegando aos atuais fluxos de deslocamento forçado originários na Venezuela, na América Central e em países africanos e asiáticos.

Por conta do seu incansável trabalho humanitário em prol das pessoas mais vulneráveis do mundo, o ACNUR recebeu o Prêmio Nobel da Paz (em 1954 e 1981).

“Nos últimos 70 anos, o ACNUR segue salvando vidas e trabalhando para que pessoas refugiadas, apátridas e deslocadas em seus próprios países por conflitos possam reconstruir suas trajetórias com dignidade e respeito aos seus direitos como seres humanos”, afirma o representante do ACNUR no Brasil, José Egas.

“O 70º aniversário do ACNUR também é uma oportunidade para refletir sobre a dedicação dos trabalhadores humanitários do passado e do presente, assim como sobre a resiliência das pessoas refugiadas, que há tanto tempo enfrenta dificuldades e obtém muitas conquistas na sua busca por uma vida digna e com respeito aos direitos humanos”, afirma Jose Egas.

“Estamos determinados a seguir trabalhando e enfrentando novos desafios, como a emergência causada pela COVID-19, para que as pessoas refugiadas, apátridas e deslocadas dentro de seus próprios países tenham assegurados seus direitos e possam reconstruir suas vidas com dignidade”, completa o Representante do ACNUR.

No Brasil, o ACNUR está presente desde 1982, atuando em parceria com o governo federal e demais instâncias do poder público, instituições da sociedade civil, academia e o setor privado para apoiar a resposta nacional às pessoas refugiadas e apátridas. O governo brasileiro estima que cerca de 50 mil pessoas já foram reconhecidas como refugiadas no país.

“O Brasil tem desempenhado uma importante liderança regional na defesa das pessoas que precisam de proteção internacional, e o ACNUR está feliz por fazer parte desta jornada. Com o apoio decidido de nossos doadores, seguiremos ajudando o poder público e a sociedade civil organizada a proteger, assistir e integrar pessoas refugiadas e apátridas no país”, conclui o Representante do ACNUR no Brasil, Jose Egas.