5 maneiras que os refugiados encontraram para combater a COVID-19 em 2020
5 maneiras que os refugiados encontraram para combater a COVID-19 em 2020
No ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, temos esperança. Pessoas deslocadas à força em todo o mundo, muitas das quais sofreram perdas impensáveis, mostraram-nos o que significa ser resiliente e o que é necessário para superar uma crise.
Aqui estão cinco maneiras pelas quais eles nos inspiraram em um ano como nenhum outro:
1. A resposta da linha de frente
No início de março, antes mesmo de a COVID-19 ser declarada uma pandemia, o médico venezuelano Samuel Suárez já compartilhava dicas salva-vidas a equatorianos em situação de risco e moradores de áreas rurais. Hoje, ele segue atuando no combate ao vírus. No Irã, a médica refugiada afegã Fezzeh Hosseini trabalhou incansavelmente para ajudar os pacientes locais e afegãos afetados pelo coronavírus, fornecendo informações e dicas para se manterem seguros. Em Bangladesh, trabalhadores comunitários de saúde treinados - todos eles refugiados rohingya - atuaram no maior campo de refugiados do mundo para encaminhar pacientes suspeitos de COVID-19 para clínicas de saúde.
2. Fabricação de sabonetes, máscaras e equipamentos médicos
Em um campo de refugiados no Quênia, o empresário e refugiado do Burundi Innocent Havyarimana fez sabão a preços acessíveis. No país vizinho Somália, a refugiada Fardowsa Ibrahim de 24 anos se inscreveu em um curso de alfaiataria, mas nunca imaginou que, seis meses depois, estaria fazendo máscaras para ajudar a proteger as pessoas contra a proliferação do virus. No México, refugiados se juntaram aos trabalhadores de uma empresa que fabricava máquinas de lavar especializadas, ajudando na higienização diária (tão essencial para o combate da pandemia) e deixando seguro os profissionais da linha de frente da América Latina.
3. Melhorar a saúde mental e o bem-estar
Em meio ao aumento das dificuldades econômicas e longos lockdowns, os problemas de saúde mental pioraram. Como resposta, os refugiados buscaram cada vez mais trabalhar seu bem-estar físico e mental. No Peru, terapeutas venezuelanos ofereceram aos refugiados "primeiros socorros psicológicos" por meio de sessões remotas para ajudá-los a lidar com a pandemia do coronavírus. No Iraque, trabalhadores comunitários refugiados treinados levaram serviços de saúde mental para campos fechados. E no Quênia, a refugiada e instrutora de yoga de Uganda Rita Brown fez suas aulas online para promover a autoaceitação e o bem-estar mental entre os refugiados, tanto no Quênia quanto em outros lugares.
4. Mantendo suas comunidades seguras
Com idosos e doentes isolados, Shadi Shhadeh e outros membros da comunidade de refugiados sírios na Suíça forneceram uma ponte vital para o mundo exterior para as pessoas vulneráveis e mais necessitadas. Shadi mobilizou uma rede de voluntários para fazer compras e tarefas para os idosos, enfermos e outras pessoas em risco. A iniciativa para garantir que ninguém fosse deixado para trás foi refletida em atividades de voluntariado e de extensão da comunidade por refugiados em todo o mundo.
5. Diversão e educação durante o confinamento
Enquanto os lockdowns forçavam todos a procurar algo para fazer, os refugiados forneciam entretenimento e inspiração. Na Índia, refugiados uniram vozes em uma canção de esperança e bondade. Orientados pelo vencedor do Grammy Ricky Kej, os 24 músicos refugiados se reuniram para "Shine Your Light" - uma música, apresentada em quatro idiomas diferentes (inglês, dari, farsi e pashto) que convidou os ouvintes a celebrar nossa humanidade compartilhada. À medida que o ano se aproximava do fim, refugiados de todo o mundo que agora chamam o Canadá de casa, compartilharam suas histórias e receitas favoritas em ‘Tastes from Home: Recipes from the Refugee Community’ - um livro de receitas eletrônico gratuito. Refugiados no Brasil também contaram suas receitas do coração no ebook "Prato do Mundo" gratuito e disponível aqui.
Sua força, criatividade e dedicação nos dão esperança para 2021.