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Como respondemos juntos à pandemia do novo coronavírus

Comunicados à imprensa

Como respondemos juntos à pandemia do novo coronavírus

29 Dezembro 2020
Dia Mundial do Refugiado é celebrado em Boa Vista, Brasil © ACNUR/Lucas Novaes

Há 70 anos a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) trabalha para proteger as pessoas deslocadas. Apesar de nossas sete décadas de experiência, a emergência do coronavírus foi diferente de tudo que vimos antes.


Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 80 milhões pessoas¹ ao redor do mundo tinham sido contaminadas pelo novo coronavírus até o momento da redação dessa matéria². Com base na experiência adquirida em emergências de saúde anteriores (Ebola, SARS e influenza), o ACNUR tomou ações imediatas para freiar a disseminação e responder ao surto de COVID-19 e, em março, lançou juntou-se ao Plano de Resposta Humanitária Global, um esforço interagencial coordenado pelo Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

As medidas adotadas protegem refugiados e outras populações atendidas por nós, como apátridas e deslocados internos, antes, durante e após emergências globais de saúde. Para responder a esta crise sem precedentes, o ACNUR fez um apelo de US$ 745 milhões. Até dezembro de 2020, graças à colaboração vital de governos, parceiros, empresas e pessoas físicas 64% do valor (US$ 477 milhões) havia sido arrecadado.

Esses esforços salvaram vidas. No total, 9,34 milhões de refugiados e deslocados internos em 151 países acessaram a serviços de proteção, mais de 3,9 milhões de refugiados acessaram serviços de saúde e cerca de 265.000 pessoas deslocadas receberam serviços de auxílio psicossocial e saúde mental. E não paramos por aí. O ACNUR distribuiu assistência em dinheiro para 3 milhões de pessoas e adquiriu 41,2 milhões de máscaras e 195 respiradores. Fornecemos ainda 8.000 Unidades de Habitação Emergencial, em inglês Refugee Housing Unit (RHU), para apoiar o enfrentamento à COVID-19 em diversos países.

 

Desafios para 2021

A COVID-19 ainda é uma ameaça aos sistemas de saúde e à população mundial. Seus impactos socioeconômicos geraram cicatrizes profundas em grupos que já estavam em situação de vulnerabilidade antes da pandemia, incluindo refugiados e pessoas deslocadas. A testagem e rastreamento do vírus ainda são escassas em muitas áreas remotas onde o ACNUR atua.

No âmbito da educação os impactos também são devastadores. Apesar dos enormes esforços dos países anfitriões para manterem as aulas via rádio, televisão e online, 1,8 milhão de crianças e jovens refugiados estão fora da escola. Muitas ainda seguem fechadas. Para as meninas, as consequências são ainda mais dramáticas a longo prazo, uma vez que a desigualdade de gênero intensifica a evasão escolar.

Sabemos que temos muito trabalho pela frente. Em 2021, o ACNUR seguirá trabalhando para assegurar serviços de saúde, água, saneamento, materiais de higiene, assistência em dinheiro, educação e abrigo às pessoas refugiadas, deslocadas e apátridas. O ACNUR agradece aos governos, parceiros, empresas e pessoas físicas pelas contribuições feitas até aqui, e reforça a necessidade de continuarmos solidários a quem mais precisa. Juntos, salvamos milhares de vidas em 2020. Em 2021, devemos manter a mesma força e garantir que a resposta humanitária à pandemia seja preservada.


O ACNUR segue atuando no Brasil e no mundo para proteger refugiados, pessoas deslocadas e comunidades que os acolhem do novo coronavírus.

Faça uma DOAÇÃO AGORA para apoiar os nossos esforços. Você pode salvar vidas!

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¹ Organização Mundial da Saúde em 29 de dezembro de 2020
² Todos os dados dessa matéria foram retirados das seguintes fontes: Report on UNHCR’s Response to COVID-19 e COVID-19 Supplementary Appeal 2021