Tudo o que o ACNUR fez em 2020 com o seu apoio
Tudo o que o ACNUR fez em 2020 com o seu apoio
2020 foi um ano único. Quando o novo coronavírus começou a se espalhar pelo mundo, enfrentamos uma ameaça em comum. Uma ameaça que afetou cada um de nós de alguma forma.
O coronavírus não discrimina, mas afeta desproporcionalmente as pessoas mais vulneráveis do mundo: pessoas forçadas a fugir de suas casas. Muitas delas não têm a oportunidade de proteger suas famílias do vírus por meio do distanciamento social ou do acesso a água potável e sabão como nós.
Por 70 anos, o ACNUR tem trabalhado muito para proteger as pessoas que foram forçadas a deixar suas casas. No entanto, apesar de nossas décadas de experiência, a emergência do coronavírus foi diferente de tudo que vimos antes. Nunca antes nossas operações enfrentaram uma crise dessa magnitude além de emergências e desafios existentes.
E embora a COVID-19 tenha dominado as notícias em todo o mundo, os conflitos não pararam. A perseguição não parou. Os desastres ambientais não pararam. As pessoas ainda são forçadas a abandonar suas casas e, infelizmente, em um ritmo crescente. Atualmente, estima-se que 80 milhões de pessoas estão deslocadas e prevê-se que um número recorde de 97,3 milhões de pessoas necessitarão de nossa assistência em 2021.
Este ano está longe de ser fácil. Mas também foi um ano de notável resiliência e solidariedade. Numerosas comunidades de acolhimento incluíram refugiados em sua resposta à crise. Refugiados em todo o mundo aderiram à luta contra o vírus. E os doadores têm agido com empatia e gentileza, apoiando as pessoas forçadas a fugir em sua hora de maior necessidade. Juntos, respondemos à emergência.
Hoje, continuamos mais comprometidos do que nunca com nossa missão: salvar vidas, proteger direitos e construir um futuro melhor para as pessoas forçadas a abandonar suas casas. O ACNUR está presente em mais de 130 países em todo o mundo, trabalhando incansavelmente para proteger pessoas refugiadas, deslocadas e apátridas.
Em 2020, apesar de todas as dificuldades, seguimos em frente e trabalhamos. E em 2021, continuaremos a fazê-lo - com o apoio de doadores comprometidos como você.
Fatos e números
Graças às suas doações, em 2020 fomos capazes de responder com eficiência aos desafios que o ano trouxe. A COVID-19 foi o maior de todos - como uma emergência além das existentes, teve um impacto profundo nas operações do ACNUR em todo o mundo.
A COVID-19 é, antes de mais nada, uma emergência de saúde pública. Mas as consequências socioeconômicas das medidas tomadas para conter a disseminação do vírus também afetaram de forma notável as pessoas que foram forçadas a abandonar suas casas. O fechamento da fronteira tornou mais difícil para as pessoas encontrarem segurança em outros países. Muitas perderam seus meios de subsistência e quase dois milhões de crianças refugiadas estão fora da escola por causa das restrições da COVID-19.
O desafio é enorme. Mas, graças ao generoso apoio de nossos doadores , nossa resposta também foi abrangente. Aqui estão apenas alguns exemplos de como respondemos, juntos.
Seu impacto em 2020
- 118,7 milhões de dólares em equipamentos de proteção individual e médicos itens foram adquiridos, incluindo mais de 42 milhões de máscaras
- Quase 4 milhões de pessoas acessaram os serviços essenciais de saúde, incluindo 265.000 pessoas que receberam apoio relativo a saúde mental e apoio psicossocial em 68 países e 468.000 mulheres e meninas que acessaram serviços de saúde sexual e reprodutiva em 46 países
- Mais de 9,3 milhões de pessoas acessaram serviços de proteção
- 3 milhões de pessoas se beneficiaram da assistência em dinheiro, totalizando quase 339 milhões de dólares
- 744.000 crianças receberam apoio com ensino à distância/em casa
- Mais de 42 milhões de barras de sabão foram distribuídas
Fatos e números: Colômbia
Existem cerca de 1,8 milhão de venezuelanos deslocados hospedados na Colômbia. Os venezuelanos constituem o segundo maior grupo de deslocados internacionais do mundo - 5,4 milhões de pessoas. É provável que o número de pessoas em extrema necessidade cresça dramaticamente em 2021, uma vez que as restrições relacionadas à COVID-19 sejam atenuadas. A assistência em dinheiro será mais importante do que nunca para garantir que as necessidades básicas, como alimentos e medicamentos, sejam acessíveis para os venezuelanos nos países que os recebem, incluindo a Colômbia. Para responder à pandemia de COVID-19 na Colômbia, nós:
- Trabalhamos em conjunto com o governo para adaptar o registro de novos pedidos de asilo remotamente durante a pandemia. A Colômbia registrou remotamente cerca de 52.000 pessoas, garantindo que elas tenham acesso a serviços essenciais.
- Prestamos assistência a mais de 20.000 refugiados venezuelanos, repatriados colombianos e deslocados internos por meio de linhas de apoio.
- Fornecemos às autoridades 187 unidades de alojamento para refugiados e 113 tendas para estabelecer áreas de isolamento em locais de deslocados internos e hospitais de campanha em todo o país.
Fatos e números: Iêmen
O Iêmen ainda está sofrendo com a pior crise humanitária do mundo. Em meados de 2020, mais de 24 milhões de pessoas dependiam de assistência devido aos combates persistentes, insegurança socioeconômica e fortes chuvas e inundações. Cerca de 3,7 milhões de pessoas foram registradas como deslocadas internas desde o início do conflito, em 2015. Apenas metade das unidades de saúde do país estão funcionando devido ao conflito, e a insegurança alimentar está aumentando novamente, especialmente para as pessoas deslocadas.
Em 2021, as necessidades permanecerão. O ACNUR se concentrará na entrega de ajuda humanitária a deslocados internos, retornados e comunidades locais afetadas. Para responder à COVID-19 no Iêmen, nós:
- Prestamos assistência em dinheiro a mais de 900.000 iemenitas deslocados e suas comunidades anfitriãs. À medida que a fome se aproxima e a desnutrição aumenta, o dinheiro recebido representa salvação para muitos.
- Distribuímos sabão e detergente para todos os 9.000 residentes do campo de refugiados de Kharaz, na província de Lahj, junto com uma organização parceira.
- Criamos uma rede nacional de 280 alfaiates refugiados e deslocados internos para produzir máscaras faciais reutilizáveis.
Fatos e números: Quênia
Há quase meio milhão de refugiados e solicitantes de asilo no Quênia. Mais de 80% deles vivem em campos onde a COVID-19 apresenta desafios significativos devido à densidade populacional. Na região mais ampla do Leste e Chifre da África, as medidas de resposta à COVID-19 foram priorizadas e a assistência em dinheiro foi significativamente expandida em 2020. Em outubro de 2020, 615.000 refugiados na região haviam recebido assistência em dinheiro - 180.000 deles especificamente por causa de perdas de meios de subsistência. Para responder à COVID-19 no Quênia, nós...
- Distribuímos máscaras a grupos vulneráveis de refugiados e seus familiares.
- Em resposta ao aumento da violência sexual e de gênero durante a pandemia, fortalecemos linhas de apoio em vários idiomas 24 horas por dia, 7 dias por semana - pontos de entrada essenciais para sobreviventes da violência de gênero
- Transmitimos aulas para os alunos por meio de estações de rádio comunitárias em campos de refugiados quando as escolas foram fechadas. Os professores refugiados mantêm contato com os alunos por meio do WhatsApp, fornecendo aulas gravadas e compartilhando conteúdo.
Com o seu apoio o ACNUR segue atuando nas principais crises humanitárias do mundo para proteger quem foi forçado a deixar tudo para trás.
Faça uma DOAÇÃO AGORA para apoiar os nossos esforços. Você pode salvar vidas!