ACNUR e OIM lamentam morte de refugiados e migrantes em naufrágio na costa da Venezuela
ACNUR e OIM lamentam morte de refugiados e migrantes em naufrágio na costa da Venezuela
“Este trágico incidente é uma lembrança dos riscos extremos de viagens marítimas e outros movimentos irregulares através de fronteiras realizados por refugiados e migrantes venezuelanos”, afirmou Eduardo Stein, Representante Especial Conjunto do ACNUR e da OIM para Refugiados e Migrantes Venezuelanos. “Nossos pensamentos estão com as famílias daqueles que perderam suas vidas. Precisamos unir forças para evitar que isso aconteça novamente.”
Organizações humanitárias estão em contato com as autoridades venezuelanas e prontas para apoiar com o que for necessário.
O número de venezuelanos deixando seu país aumentou nas últimas semanas ao passo em que as medidas de isolamento em toda a região diminuíram. Com as fronteiras terrestres e marítimas ainda fechadas, esses movimentos ocorrem principalmente por meio de rotas informais, expondo refugiados e migrantes a perigos extremos. Essas passagens irregulares de fronteira aumentaram significativamente os riscos à saúde e à proteção.
“Esforços urgentes são necessários para impedir que contrabandistas e traficantes enviem pessoas nessas viagens perigosas e para proteger os refugiados e migrantes da exploração e do abuso”, disse Stein. “Fortalecer os caminhos regulares é necessário para que refugiados e migrantes possam ter acesso à segurança sem arriscar suas vidas.”
Existem aproximadamente 5,4 milhões de refugiados e migrantes da Venezuela em todo o mundo. A grande maioria está hospedada por países da América Latina e do Caribe. Em maio de 2019, 16 mil venezuelanos foram registrados pelo Governo de Trinidad e Tobago.
Este é o segundo naufrágio registrado na Venezuela este ano. Em 2019, três barcos foram dados como desaparecidos entre a Venezuela e as ilhas caribenhas de Trinidad e Curaçao, com a perda de pelo menos 80 vidas.