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44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo apresenta filmes sobre o deslocamento forçado de pessoas

Comunicados à imprensa

44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo apresenta filmes sobre o deslocamento forçado de pessoas

30 Outubro 2020
O documentário Notturno, laçado internacionalmente neste ano, é um dos 198 filmes que integram a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. ©️ Divulgação/Gianfranco Rosi
São Paulo, 30 de outubro de 2020 (ACNUR) – Em sua 44ª edição, a consagrada Mostra Internacional de Cinema de São Paulo segue até o próximo dia 4 de novembro, trazendo em sua programação 198 títulos vindos de 71 países. Devido à pandemia de COVID-19, grande parte dos filmes será exibida on-line, com valores que variam entre a gratuidade e R$ 6.

A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) selecionou alguns que abordam o tema do deslocamento forçado, de refugiados e dos direitos humanos. Todos os filmes desta edição do evento poderão ser acessados pelo site da Mostra (mostra.org), que direciona a pessoa interessada para uma plataforma exclusiva.

Dentre a ampla possibilidade de documentários e ficção, o ACNUR indica os seguintes títulos:

A Terra É Azul como uma Laranja (Zemlya Blakytna, Hiby Apelcyn - Ucrânia, Lituânia 2020 Documentário cor 74 min.): Anna é uma mãe solo que vive com os quatro filhos na zona de guerra de Donbass, na Ucrânia. Enquanto o mundo externo é feito de bombas e de caos, eles tentam manter sua casa como uma espécie de porto seguro. Apaixonados por cinema, os membros dessa família decidem fazer um filme inspirado em suas próprias experiências de vida em tempos de guerra. O processo criativo levanta questões sobre como imaginar a guerra por meio da ficção. Para Anna e as crianças, transformar o trauma em linguagem e criação artística é a melhor maneira para manter sua condição humana.

A Vida na Estrada (Life on the Road - Iraque 2020 Documentário cor 72 min.): Em 2015, o produtor Bahman Ghobadi e alguns colegas ensinaram crianças em um campo de refugiados no Iraque a filmar. Depois das aulas, garotos e garotas gravaram seus próprios filmes, baseados na rotina de cada um. Os vídeos deram origem ao longa documental A Vida na Fronteira, que estreou no Festival de Berlim em 2016 e foi apresentado na 40a Mostra. Agora, quatro desses cineastas mirins retornam às suas cidades natais, na Síria, já livres do Estado Islâmico. Os quatro curtas-metragens formam um novo documentário, A Vida na Estrada.

Irmãs Separadas (Im Feuer - Alemanha, Grécia 2020 Ficção cor 93 min.): Rojda é uma jovem soldado alemã com raízes curdo-iraquianas que vive na Alemanha desde a infância. Ela procura pela mãe, Ferhat, em um campo de refugiados na Grécia. Quando as duas finalmente se encontram após muitos anos separadas, a felicidade logo desaparece quando Rojda descobre que sua irmã Dilan ainda se encontra no Iraque. Rojda traz a mãe para a Alemanha, mas não consegue contato com a irmã. Quando o telefone toca e Dilan menciona combatentes curdos, Rojda solicita uma transferência para Erbil, no Iraque, para que as duas possam se encontrar. Uma vez lá, Rojda rapidamente conquista a confiança das combatentes. Mas quanto mais intensamente ela busca a irmã, mais fica presa entre os dois lados do conflito.

Notturno (Notturno - Itália, França, Alemanha 2020 Documentário cor 100 min.): Filmado ao longo de três anos no Oriente Médio, nas fronteiras entre Iraque, Curdistão, Síria e Líbano, o documentário mostra a rotina por trás das contínuas guerras civis, ditaduras ferozes, invasões e interferências estrangeiras até o rastro de assassinatos deixado pelo Estado Islâmico. O filme conta histórias diversas às quais a narração confere uma unidade que vai além das divisões geográficas. Em todos os lugares e na consciência das pessoas há sinais de violência e destruição, mas em primeiro plano está a humanidade que desperta a cada dia.

O Pequeno Refugiado (The Little Refugee - Turquia, Irã 2019 Ficção cor 90 min.): Em 2015, o menino sírio Aylan apareceu morto na praia de Bodrum, na Turquia. A imagem chocou e alertou o mundo para a crise dos refugiados. O filme imagina o que teria acontecido com essa criança até o dia de sua morte, quando o bote em que estava com a família rumo à Grécia virou em alto-mar. A história surge de um momento de realismo mágico, em que o espírito de Aylan emerge de seu corpo e vagueia de volta ao mundo dos refugiados e vítimas de guerra, que esperam escapar para uma vida melhor.

Prazer, Camaradas! (Prazer, Camaradas! - Portugal 2019 Documentário cor 105 min.): Em 1975, depois da Revolução dos Cravos em Portugal, muitos estrangeiros e portugueses do norte vão para a região central do país para ajudar nas recém-formadas cooperativas. Mas suas visões progressistas sobre os costumes e a sexualidade logo se chocam com os comportamentos locais. O filme nasceu de um conjunto de relatos orais, textos literários e diários sobre essa experiência. Entre os portugueses das aldeias e os estrangeiros, chamados de turistas revolucionários, criaram-se tensões, mas também cumplicidade e, em alguns casos, amor.

Além das exibições em streaming, a 44ª Mostra terá sessões no Belas Artes Drive-in (Memorial da América Latina) e Cinesesc Drive-in (unidade Sesc Parque Dom Pedro II). As plataformas Spcine Play e Sesc Digital darão acesso gratuito a 30 títulos.

Nesta 44ª edição, o Prêmio Humanidade será entregue aos funcionários da Cinemateca Brasileira e também ao conceituado documentarista americano Frederick Wiseman.

Apresentam a 44ª Mostra o Ministério do Turismo, o Governo do Estado De São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, o Itaú, o Sesc e a CPFL Energia. Através da Lei de Incentivo à Cultura e do PROAC, o patrocínio do Itaú; a parceria do Sesc e da CPFL Energia; o apoio da Prefeitura Municipal de São De Paulo e do Projeto Paradiso; a colaboração do Itaú Cultural, do InstitutoCPFL, da Revista 451 e da Imprensa Oficial. Promoção da Folha de São Paulo, da Globo Filmes, do Canal Arte 1, do Canal Brasil, da Tv Cultura, da Revista Piauí e da Rádio CBN. A Realização é da Abmic, do Governo do Estado De São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, da Secretaria Especial da Cultura e do Ministério da Cidadania/Governo Federal.