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Plataforma “Empresas com Refugiados” completa um ano com 24 empresas participantes

Comunicados à imprensa

Plataforma “Empresas com Refugiados” completa um ano com 24 empresas participantes

9 Abril 2020
Encontro registrado em 2019 acontece em São Paulo, entre pessoas refugiadas e representantes do setor privado em uma das etapas do projeto Empoderando Refugiadas, em São Paulo. Foto: Fellipe Abreu
São Paulo, 09 de abril de 2020 (ACNUR) – A plataforma Empresas com Refugiados completa nesta semana um ano de existência e tem como resultado o efetivo engajamento do setor privado em prol das pessoas refugiadas no Brasil. Desenvolvida pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e pela Rede Brasil do Pacto Global, com apoio da ONU Mulheres, a plataforma lista, ao longo dos 12 meses de existência, 24 iniciativas do setor privado que impactaram mais de 5.500 refugiados que participaram de cursos ou foram contratados pelas empresas participantes da plataforma.

Com o objetivo de difundir as variadas práticas positivas da iniciativa privada que fortalecem o processo de integração da população refugiada, as empresas de pequeno, médio e grande portes que integram a plataforma foram responsáveis por mais de mil contratações de profissionais refugiados em todo o país, nos mais diferentes segmentos.

Além da contratação direta de pessoas refugiadas, as empresas privadas podem aderir à plataforma ao propiciar capacitação de pessoas refugiadas para inserção no mercado de trabalho, fomentar o empreendedorismo de refugiados, ou por realizar campanhas de sensibilização de seus colaboradores, empresas de sua cadeia produtiva e de cidadãos sobre o tema de refúgio no Brasil.

“As pessoas em situação de refúgio foram forçadas a abandonar os seus países de origem e trazem consigo uma ampla experiência profissional, com capacidade de inovação e melhores resultados ao setor privado, tornando assim as equipes de trabalho mais coesas e a economia do país acolhedor mais dinâmica”, disse o Representante do ACNUR no Brasil, Jose Egas.

Por outro lado, é também fundamental que o setor privado esteja disposto e preparado para potencializar em seus próprios negócios os resultados propiciados pela contratação destes profissionais qualificados e comprometidos com os objetivos da empresa.

“A nossa missão é engajar o setor empresarial, mostrar que é possível e fácil contratar uma pessoa em situação de refúgio. E dar ênfase aos muitos benefícios proporcionados pela diversidade cultural no ambiente de trabalho. Este é o propósito desta plataforma e de outra iniciativa que desenvolvemos em conjunto com ACNUR e ONU Mulheres, o programa Empoderando Refugiadas”, afirmou Carlo Pereira, secretário executivo da Rede Brasil do Pacto Global.

As dificuldades iniciais de adaptação ao mercado brasileiro, em especial devido ao idioma, foram superadas pelos profissionais refugiados que atuam nos mais diferentes setores das empresas participantes da plataforma. O garçom Jonathan, refugiado venezuelano de 33 anos, foi o primeiro de outros refugiados contratados pela Gaúcho´s Churrascaria, em Manaus/AM.

“O trabalho é uma das coisas mais importantes da minha vida. Aqui na Gaúcho’s Churrascaria, quando comecei, era difícil me comunicar, mas tive o apoio dos colegas desde o momento da chegada e os clientes sempre me trataram bem”.

Como consequência da atuação de Jonathan, 10% do quadro de funcionários da empresa passou a ser formado por pessoas em situação de refúgio. Este é apenas um dos 24 casos consolidados na Plataforma Empresas com Refugiados, agregados em uma newsletter que resume os principais dados da plataforma.

Além disso, no dia 30/04 será realizado um webinar sobre a empregabilidade de refugiados no Brasil e como outras empresas podem participar da plataforma. Clique aqui para se inscrever gratuitamente.

Empoderando Refugiadas

O programa Empoderando Refugiadas é uma parceria entre a Rede Brasil do Pacto Global, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) e a ONU Mulheres. Tem como objetivo preparar mulheres refugiadas para trabalhar no Brasil, assim como desenvolver atividades empreendedoras no país. Também sensibiliza empresas sobre as particularidades da vida de pessoas refugiadas para que contribuam com a capacitação dessas profissionais e possam contratar as participantes.