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Água potável traz vida e esperança a refugiados e anfitriões em Uganda

Comunicados à imprensa

Água potável traz vida e esperança a refugiados e anfitriões em Uganda

13 Dezembro 2019
Asha Rose Sillah é uma refugiada do Sudão do Sul que vive em Uganda e é líder do grupo de mulheres © ACNUR/Michele Sibiloni

Quando Asha Rose Sillah chegou a Uganda pela primeira vez como refugiada, havia tão pouca água que para saciar sua sede ela bebeu de um pântano. Agora, graças a um novo projeto, sua família tem água potável em abundância para beber - e excedente suficiente para regar as cebolas que ela cultiva para vender no mercado.


“Vou colher três ou quatro sacas (de cebola)”, disse. “Agora há mais água na comunidade, então temos tempo para fazer muitas coisas.”

Asha fugiu do Sudão do Sul em 2016, no auge de uma emergência que levou milhares de pessoas a atravessar a fronteira todos os dias, e chegou ao assentamento de refugiados de Bidibidi, em Uganda. A água era escassa na época, o que deixava a tarefa de cuidar de seus cinco filhos ainda mais difícil.

“Havia muitas doenças. Bebíamos qualquer água que encontrássemos ”, explica.

Caminhões entregavam água de uma fonte a 100 quilômetros de distância em estradas precárias e os refugiados tinham que ficar na fila por horas para encher o máximo de frascos que podiam carregar.

O requisito mínimo de água para uma pessoa é de 20 litros por dia. Há três anos, os refugiados de Bidibidi tinham acesso a apenas 2,3 litros por dia.

“De manhã até o meio-dia, os refugiados não podiam cozinhar, muitos nem sequer tinham água para beber ou tomar banho”, disse Richard Ochaya, Associado Sênior de Saúde, Água e Saneamento do ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados em Bidibidi.

“Precisamos gerenciar o recurso e cuidar do meio ambiente.”

Felizmente, as coisas mudaram.

Um poço alimentado por energia solar instalado pelo ACNUR com investimento de parceiros e do setor privado bombeia água para pontos próximos de quase 500 residências.

“Temos capacidade para bombear 85.000 litros de água por hora, mas estamos extraindo apenas 45.000 litros porque não queremos esgotar os aquíferos. Precisamos gerenciar o recurso e cuidar do meio ambiente”, disse Ochaya.

 

O plano é entregar a instalação ao governo de Uganda para aumentar o suprimento de água no distrito.

“No futuro, se as operações para atender refugiados não existirem mais, a comunidade anfitriã poderá cuidar de tais instalações e vê-las beneficiar as futuras gerações”, disse.

A falta de instalações adequadas de água, saneamento e higiene pode devastar a saúde e a sobrevivência dos refugiados nos campos, fora dos campos e em áreas urbanas.

O projeto em Yumbe é um exemplo de como o investimento inteligente pode ajudar refugiados e comunidades anfitriãs, fornecendo acesso imediato ao abastecimento de água.

Esse é o tipo de abordagem que será apresentada no primeiro Fórum Global sobre Refugiados de 17 a 18 de dezembro. Governos, organizações internacionais, autoridades locais, sociedade civil, setor privado, membros da comunidade anfitriã e refugiados irão se reunir em Genebra para discutir as melhores políticas para proteger e ajudar os refugiados e seus anfitriões a prosperar e encontrar soluções duradouras.