Destaques do trabalho do ACNUR em 2018
Destaques do trabalho do ACNUR em 2018
Nós estivemos com eles em todos os momentos importantes – de vitórias a derrotas, de risos e também de lágrimas – dando proteção e assistência em todas as horas do dia. Nós nos consideramos muito privilegiados por termos milhões de pessoas, em diversos países, dedicadas à causa dos refugiados.
Com a colaboração de nossos doadores, nós acolhemos refugiados que chegam de jornadas longas e perigosas. Nossa equipe oferece abrigo, cuidados médicos, alimentos e água potável. Nós os ouvimos, e nós participamos das histórias daqueles, cujas vidas foram interrompidas devido às perseguições, crises e conflito.
Todos os dias, nós vemos de perto o comprometimento e a luta dessas pessoas em busca de uma vida melhor para si, para suas famílias e comunidade. Nós damos proteção, aconselhamento e assistência. Com eles, nós celebramos seus momentos mais felizes: seja quando uma jovem mãe segura seu filho recém-nascido ou quando um pai consegue um emprego para sustentar sua família, ou mesmo quando uma criança consegue uma vaga em uma escola após muitos meses sem frequentar uma sala de aula.
No começo deste ano, o ACNUR assistia a um recorde de 71.4 milhões de pessoas[1]. Até o fim de 2018, estima-se que este número aumente para 79,8 milhões. Com a eclosão de novos conflitos, somados às crises já existentes, todos os continentes e países são afetados, em uma verdadeira crise global.
O ACNUR está presente em 137 países ao redor do mundo[2]. Durante 24 horas por dia, e 365 dias ao ano, nós trabalhamos junto a governos, autoridades nacionais e parceiros para dar apoio aos refugiados ao redor do mundo.
Em 2018, graças às doações feitas no momento necessário, o ACNUR conseguiu ajudar a proteger os refugiados rohingya das fortes tempestades das monções em Bangladesh. Nossa equipe distribuiu mais de 91 mil kits de abrigo e quase 85 mil kits pré-monção. Nós também cuidamos de questões de saúde e saneamento relacionadas ao clima, construindo 958 latrinas e 112 pontos de água para os refugiados rohingya que foram transferidos de áreas de assentamento com risco de alagamento e deslizamento de terra[3].
Na Ásia e no Pacífico, com as generosas contribuições, o ACNUR pôde responder rapidamente ao terremoto devastador e tsunami que atingiu a área de Sulawesi na Indonésia, danificando aproximadamente 68 mil casas e desabrigando 80 mil pessoas[4].
Já no Oriente Médio e Norte da África, o ACNUR reforçou sua assistência e solidariedade aos países da região que abrigam mais de 5,6 milhões de refugiados[5]. O ACNUR fornece cabanas sustentáveis para iemenitas deslocados e auxilia no retorno de 750 mil sírios, que foram deslocados dentro de seu país, para suas casas[6].
Da África à Europa, o movimento de refugiados que cruza a Líbia e o Mediterrâneo continua a apresentar desafios e questões de segurança que, muitas vezes, terminam em tragédia. O ACNUR trabalhou arduamente para assegurar alternativas à detenção, e para trazer de volta à segurança, aqueles refugiados e requerentes de asilo em situação de perigo. Em 2018, o ACNUR evacuou, com sucesso, aproximadamente 2,500 pessoas vulneráveis detidas na Líbia[7].
Na região das Américas, aproximadamente 7.000 pessoas, ameaçadas pela violência local, fugiram de suas cidades e vilarejos. O ACNUR ajudou a garantir que refugiados – incluindo crianças desacompanhadas, idosos e pessoas do grupo LGBTI – pudessem receber abrigo, proteção e assistência jurídica[8].
Agora, com o foco em 2019, o trabalho do ACNUR se intensifica tanto em complexidade, como em escopo. A necessidade de uma estratégia integrada para abordar os fluxos de refugiados e as dinâmicas que os motivam, bem como enfrentar as causas complexas da exclusão e da apatridia nunca foi tão urgente.
Juntos, nossa prioridade deve ser voltar a atenção àquilo que realmente importa – dignidade, direitos e senso compartilhado de humanidade. Cabe a cada um de nós fazer com que esta promessa se torne uma realidade. Com o seu apoio, nós do ACNUR trabalhamos incessantemente, servindo às pessoas mais vulneráveis do planeta – 24 horas por dia e 365 dias ao ano.