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ACNUR pede proteção à população civil do Iêmen

Comunicados à imprensa

ACNUR pede proteção à população civil do Iêmen

7 Dezembro 2018
Yemenis deslocados em meio às ruínas da Cidade Velha de Sana'a, no Iêmen, em fevereiro de 2017. © ACNUR / Mohammed Hamoud

Aproximadamente 1.500 incidentes envolvendo civis foram reportados no Iêmen, entre agosto e outubro deste ano, de acordo com o Centro de Proteção liderado pelo ACNUR no Iêmen. Isso significa uma média de 123 civis mortos ou feriado por semana, no período citado.

A cada dia, o conflito atinge um número maior população local que já se encontra fragilizada. Em vista do alto custo humano, o ACNUR, Agência da ONU para refugiados, pede que as partes envolvidas no conflito do Iêmen aumentem as medidas de proteção aos civis e à infraestrutura civil.

De acordo com dados publicados no mais recente Relatório de Monitoramento de Impacto Civil (CIMP, em inglês), uma estimativa de 670 focos de violência armada resultou em 1.478 incidências civis (mortos ou feridos) durante um período de três meses. Deste total, 33% eram mulheres e crianças, sendo 217 mortos e 268 feridos.

Lares e hospitais continuam sendo alvos de um cenário de conflito. Vinte e três por cento de todas as mortes e pessoas feridas (336 incidentes civis) reportados neste período ocorreram dentro de casas. Ataques a locais de atendimento médico e de emergência resultaram em 154 baixas civis, enquanto ataques a ônibus foram responsáveis por outros 316.

O número total de vítimas durante o período ocorreu tanto pela intensificação da hostilidade nas linhas-de-frente do conflito no Iêmen, como também por incidentes em massa.

As regiões administrativas de Sa’ada e de Al Hudaydah, que ainda são pontos críticos no país, contabilizam o maior número de baixas. Vinte e seis focos de violência em massa (cada uma com dez ou mais baixas civis) destas regiões contribuíram com mais da metade do número total de vítimas do conflito no Iêmen.

Quase quatro anos de conflito no país resultaram na maior crise humanitária do mundo, que deixou 75% da população local (22 milhões de pessoas) em uma situação de vulnerabilidade e forçou mais de 2,3 milhões de pessoas a abandonarem suas casas.

De acordo com a ONU, estima-se que mais de 65.000 iemenitas foram mortos ou feridos no conflito – e do total de mortes, 16.000 eram civis.

O ACNUR está respondendo às necessidades da população deslocada, fornecendo assistência em dinheiro e outras formas de ajuda imediata. Desde o começo do ano, quase 250 mil iemenitas deslocados ou afetados pela guerra têm sido assistidos pelo ACNUR.

O ACNUR reitera, entretanto, que apenas a resolução pacífica do conflito pode estancar o sofrimento da população e a crise humanitária.

Detalhes do relatório CIMP podem ser encontrados através do link: https://reliefweb.int/report/yemen/civilian-impact-monitoring-report-august-october-2018

 

Para mais informações sobre este assunto, por favor, entre em contato com:

Rula Amin, em Amã, [email protected], +962 (0)790 04 58