ACNUR e PMA pedem US$ 371 milhões para operações no Sudão do Sul

GENEBRA, 25 de março (ACNUR) – Em meio ao agravamento da crise no Sudão do Sul, essa semana a Agência da ONU para Refugiados e o Programa Mundial de Alimentos (PMA) apelaram em seus nomes e em nome de seus parceiros por US$371 milhões devido à necessidade urgente de apoio para os milhões de refugiados sul-sudaneses que chegam aos países vizinhos.

Desde a erupção do conflito, em meados de dezembro, entre as tropas governamentais e forças rivais, mais de 204.000 pessoas têm fugido para o Sudão, Uganda, Etiópia e Quênia. Com a insegurança contínua e a crescente escassez de alimentos no Sudão do Sul, o ACNUR espera que o número de refugiados sul-sudaneses em toda a região atinja 340.000 pessoas até o fim do ano.

O porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, disse, nessa terça-feira em Genebra, que os sul-sudaneses recentemente têm fugido para os países vizinhos a uma taxa de aproximadamente 2.000 pessoas por dia, tendo como principais destinos Etiópia e Uganda. Muitos dos refugiados têm chegado exaustos, nutricionalmente fracos e com a saúde debilitada. Além disso, muitos têm chegado de áreas do Sudão do Sul que passam por uma severa escassez de alimentos.

A maioria dos refugiados são mulheres, crianças e idosos. Com 708.900 deslocados internos e 3.7 milhões de pessoas em alto risco de insegurança alimentar, o potencial para um futuro movimento de uma fronteira para outra é alto.

“Dada essas tendências, a resposta regional para essa emergência anunciada ontem focará nas atividades de proteção e em outras necessidades com a finalidade de salvar vidas. Isso inclui emergência alimentar, água, saneamento básico e saúde", disse Edwards, acrescentando que o ACNUR “desenvolverá e expandirá os campos de refugiados e outros lugares onde os serviços básicos estarão disponíveis”.

O apelo de segunda-feira abrange apenas a população de refugiados sul-sudaneses em países vizinhos. O trabalho do ACNUR para ajudar os deslocados internos e os 235.000 refugiados sul-sudaneses, principalmente no interior do Sudão do Sul, é coberto por orçamento separado.