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Feira das Culturas de Santa Rosa reuniu mais de mil pessoas no Uruguai

Comunicados à imprensa

Feira das Culturas de Santa Rosa reuniu mais de mil pessoas no Uruguai

13 Agosto 2018
Na sua primeira edição a Feira das Culturas reuniu mais de mil pessoas. © ACNUR/Magui Masseroni.

SANTA ROSA, Canelones, Uruguai - Mais de mil pessoas desfrutaram no último final de semana a primeira Feira de Culturas de Santa Rosa, organizada pela Intendência de Canelones. Na ocasião, o ACNUR, Agência de Refugiados da ONU, esteve presente com um estande de informações. O objetivo desta iniciativa foi fortalecer a integração e refletir sobre a diversidade cultural da população que reside em Canelones, a segunda região mais populosa do Uruguai, com uma população aproximada de 520 mil habitantes.

Durante o domingo (11/11), funcionários do ACNUR e do Serviço Ecumênico para a Dignidade Humana (SEDHU), instituição parceira do ACNUR no Uruguai, conversaram com mais de mil pessoas que se informaram sobre o trabalho realizado pelas organizações que atuam em prol dos refugiados no país. As pessoas tiveram, portanto, a oportunidade de aprofundar seus conhecimentos e demonstrar seu apoio assinando a petição da campanha #ComOsRefugiados, que pede aos governos que criem garantias para que todas as crianças refugiadas tenham acesso à educação, para que todas as famílias tenham um lugar seguro para viver e para que todos os refugiados possam trabalhar, se qualificar e contribuir positivamente nas comunidades em que vivem.

Na sua primeira edição a Feira das Culturas reuniu mais de mil pessoas. © ACNUR/Magui Masseroni.

"Procuramos celebrar as diversidades do nosso país e demonstrar que desde sempre outras culturas contribuem para a construção da cultura uruguaia, como a comunidade lituana e a música criola, com raízes europeias, mais conhecida como el pericón. O evento promoveu um verdadeiro intercâmbio e cada representante de sua cultura presentou a comunidade com algo especial: um prato típico, uma dança, um artesanato”, resumiu Valeria Rubino, Diretora da Secretaria de Direitos Humanos da Intendência de Canelones.

“Essa feira foi uma demonstração da hospitalidade e da diversidade cultural que caracterizam o Uruguai e Canelones. Refugiados e socilitantes de refúgio convivem com a população de Canelones, e o ACNUR deseja continuar contribuindo com todos os membros e autoridades locais para fortalecer os laços socioculturais, as redes de apoio e a participação dos refugiados no progresso da comunidade”, detalhou Mauricio Fallas, Oficial Regional de Reassentamento do ACNUR.

A Feira das Culturas é uma iniciativa da Secretaria de Direitos Humanos de Canelones como parte do trabalho que realizam para fortalecer os vínculos entre os recém-chegados e os que já moram na cidade.

"Além de assistir os recém-chegados com suas demandas administrativas, decidimos fazer um esforço para pensar em um evento que, em seu processo de construção, aproxime os diferentes atores sociais, organizações, culturas e a população em geral ", explicou Rubino.

Centenas de pessoas assinaram a petição #ComOsRefugiados. © ACNUR / Magui Masseroni.

Durante o sábado aconteceram atividades recreativas para toda a família no Clube Santa Rosa e uma apresentação de dança do grupo “Cubanos em Santa Rosa”. No domingo, as atividades iniciaram às 10h30 com um desfile multicultural que teve seu ponto de partida na praça e foi até o Espaço Cultural de Santa Rosa. Durante o dia ocorreu também apresentações de grupos de dança folclórica, desfile de cavalaria gaúcha, bandas de música (gaita de foles e candombe, entre outros) e uma demonstração de Kung fu. Os participantes desfrutaram de uma feira gastronômica internacional com pratos típicos de vários países e receberam informações nos estandes da Embaixada de Cuba, da China, do Ministério do Desenvolvimento Social (MIDES) e do Governo de Canelones.

De acordo com o Relatório Tendências Globais do ACNUR, 68,5 milhões de pessoas estavam em situação de deslocamento forçado até o final de 2017. Entre elas, 25,4 milhões de refugiados e 3,1 milhões solicitantes de refúgio. Nunca houve na história tantas pessoas fugindo de conflitos, perseguições e violações de direitos humanos. No Uruguai, até o 31 de dezembro de 2017, 344 pessoas estavam registradas como refugiadas e 2106 como solicitantes de refúgio.