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Atleta refugiado compartilha mensagem de paz na Coréia do Sul

Comunicados à imprensa

Atleta refugiado compartilha mensagem de paz na Coréia do Sul

7 Fevereiro 2018
Pur Biel na Coréia do Sul, onde participou da cerimônia do Mural da Trégua do Comitê Olímpico Internacional. © ACNUR/H. Shin
SEUL, Coréia do Sul, 07 de fevereiro de 2018 - O atleta refugiado e apoiador do ACNUR, Yiech Pur Biel, levou uma mensagem de paz ao chegar na dividida península coreana antes das Olimpíadas de Inverno de 2018.

"A paz é fundamental para tudo o que um estado pode fazer", disse Pur ao público durante palestra em Seul sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS). "Uma pessoa precisa de muitas coisas - abrigo, comida, água, educação e serviços médicos - para sobreviver, mas o que todos eles significam sem paz? Como um refugiado que teve que fugir de um país em conflito, eu sei o quão importante é a paz".

Pur, competidor de atletismo originalmente de Nasir, Sudão do Sul, foi convidado para a Coréia do Sul para participar da cerimônia do Mural da Trégua do Comitê Olímpico Internacional para as Olimpíadas de Inverno de PyeongChang. Ele também foi um dos oradores da palestra dos ODS Olímpicos em Seul, organizada por sete agências da ONU no país.

Pur disse que estava muito emocionado que a Coréia do Norte e do Sul marchariam sob uma bandeira unida para as Olimpíadas, que começará no dia 9 de fevereiro.

"É realmente ótimo que os dois lados concordaram nisso", disse ele. "Todo passo para a paz é importante, não é?"

O atleta foi forçado a fugir da guerra no Sudão do Sul em 2005 aos 10 anos, deixando seus pais e chegando sozinho ao campo de refugiados de Kakuma, no norte do Quênia. Atualmente, existem mais de 2,5 milhões de refugiados do Sudão do Sul em países como Quênia, Uganda e Etiópia.

Em seu discurso, Pur lembrou o momento emocionante em que conseguiu se reunir com sua mãe por telefone depois de ter sido selecionado para competir pela primeira Equipe Olímpica de Atletas Refugiados na corrida dos 800 metros rasos nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no Brasil.

"Minha vida mudou desde então", disse ele. "Depois que eu me tornei membro da primeira Equipa Olímpica de Atletas Refugiados, eu pude continuar com minha educação na faculdade e tive a chance de mostrar ao mundo que, como refugiado, você ainda pode fazer algo bom".

Para Pur, ser um refugiado é apenas um rótulo. Ele sabe que cabe a ele alcançar seus objetivos - se tornar um corredor profissional e seguir os estudos.

"Refugiado é apenas um nome. É importante o que você carrega dentro dele", disse ele. "Para os jovens refugiados que aspiram se tornar atletas, gostaria de dizer que leva tempo e treino. Seja diligente e tenha fé, e você ainda poderá conseguir algo na vida, embora você seja um refugiado e temporariamente não tenha um país".