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Chefe do ACNUR pede ação urgente para a crise do Sudão do Sul que entra em seu quinto ano consecutivo

Comunicados à imprensa

Chefe do ACNUR pede ação urgente para a crise do Sudão do Sul que entra em seu quinto ano consecutivo

Chefe do ACNUR pede ação urgente para a crise do Sudão do Sul que entra em seu quinto ano consecutivoO Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, faz apelo à comunidade internacional pelo fim da maior crise de refugiados de África.
14 Dezembro 2017

GENEBRA, 13 de dezembro de 2017 – Hoje, no dia em que o início da guerra civil do Sudão do Sul completa quatro anos, o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, pediu ações urgentes de todas as partes para resolver o conflito e pôr fim à crescente crise humanitária do país e maior crise de refugiados de África.

"O mundo não pode continuar sem tomar ações enquanto as pessoas do Sudão do Sul são aterrorizadas por uma guerra insensata", disse o Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados. Grandi declarou que os efeitos devastadores do conflito são consequência direta de trágicos fracassos na liderança política.

Ao chamar a atenção para o fato de que 63% de todos os refugiados do Sudão do Sul têm menos de 18 anos, Grandi rotulou a situação como "uma crise de crianças refugiadas" e enfatizou que: "muitas crianças estão chegando desacompanhadas, separadas e extremamente traumatizadas".

As mulheres refugiadas que chegam a países vizinhos também relatam estupros frequentes, o assassinato de seus maridos e o sequestro de seus filhos.

Os seis países vizinhos ao Sudão do Sul abrigam dois milhões de refugiados, enquanto quase sete milhões de cidadãos dentro do país necessitam de ajuda humanitária essencial. Dois milhões destes estão deslocados internamente.

"Deve ser exercida pressão sobre aqueles que conduzem este conflito mortal, que arruinou um terço do povo do Sudão do Sul em apenas quatro anos, e matou e mutilou inúmeras mais. É necessária a ação urgente de reparo de atores regionais e internacionais antes que seja tarde demais", enfatizou Grandi.

Ele acrescentou que o fracasso em proteger os refugiados do Sudão do Sul e outros civis tornaria a crise ainda mais complexa e desestabilizaria a região por décadas, uma possibilidade que o mundo pode não suportar.

O Alto Comissário convidou as partes do conflito a encontrar uma solução política. "O sucesso do fórum de revitalização é fundamental para acabar com o sofrimento dos refugiados do Sudão do Sul e o assassinato de civis inocentes", afirmou.

Negociada pela Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento, esta iniciativa de paz no Sudão do Sul pretende reavivar um acordo de paz para o país, estagnado desde 2015.

O conflito do Sudão do Sul criou a maior crise de refugiados no continente africano. O ACNUR estima que a população de refugiados pode passar de três milhões até dezembro de 2018.

Os refugiados são acolhidos pelos vizinhos mais próximos do Sudão do Sul -  Etiópia, Sudão, Uganda e Quênia, bem como a República Democrática do Congo e a República Centro-Africana - que também enfrentam instabilidade e deslocamento em grande escala dentro de seus próprios países.

Todos os seis mantiveram as portas abertas à medida que um número crescente de refugiados converge com o cenário de escassez financeira. O plano de resposta interagências regionais para os refugiados do Sudão do Sul conta apenas com 33% do financiamento necessário e a maioria dos refugiados corre sério risco de doenças e desnutrição e é incapaz de frequentar a escola ou de receber cuidados médicos adequados e muitas vezes não tem abrigo.

"A situação não é mais sustentável para os governos dos países de refúgio, agências humanitárias e, o mais importante, o povo do sul do Sudão", afirmou. "O ciclo de violência deve chegar ao fim".

Você pode ajudar os refugiados do Sudão do Sul, fazendo doações financeiras por este link  https://goo.gl/VbWyJE