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Avó finlandesa ajuda criança refugiada a encontrar paz longe de conflito

Comunicados à imprensa

Avó finlandesa ajuda criança refugiada a encontrar paz longe de conflito

Avó finlandesa ajuda criança refugiada a encontrar paz longe de conflitoApós deixarem Bagdá, Azaldeen e sua filha estão começando uma nova vida numa pequena ilha no sudoeste da Finlândia.
28 Agosto 2017

FINLÂNDIA, 28 de agosto de 2017 – Diana chegou na Finlândia ainda com dois anos, em outubro de 2015, tentando entender o sequestro e o desaparecimento de sua mãe em Bagdá, sua cidade natal. Com medo de tudo que era novo e estranho, ficou agarrada em seu pai, Alzaldeen Kadhem, que também estava lidando com sua própria angustia e tristeza.

Azaldeen, 34 anos, diz que o Iraque não era um lugar seguro para uma criança crescer. “Nós estávamos sempre com medo”, ele relembra. “Não há paz para Diana no Iraque”. Eles estavam entre 100 refugiados que encontraram uma nova casa na pequena comunidade da ilha de Nagu, no sudoeste do arquipélago da Finlândia.

Em Nagu, Mona Hemmer, 80 anos, acolheu Diana e Azaldeen tornando-se a “avó” de Diana e garantindo que ela tenha estabilidade em sua nova vida. 

A tragédia fez com que Azaldeen e Diana deixassem Bagdá. Agora com 3 anos, Diana desabrochou. “Ela cresceu muito rápido e, de uma criança ansiosa, transformou-se numa garota comunicativa e tranquila”, diz Mona. “Ela terá um futuro muito brilhante”.

Sua nova casa em Nagu está localizada numa região da Finlândia que fala sueco, um paraíso pacífico para vários milhares de turistas durante o verão. Fora da temporada, a população possui cerca de 1.500 habitantes.

Há 17 anos, Mona se aposentou em Nagu e vive com seu parceiro Kaj. Desde o início, quando a comunidade soube que receberia 100 refugiados, Mona quis ajudá-los a se sentirem em casa.

Ela trabalha em uma associação cultural que faz concertos e trabalhos artísticos na ilha, muito respeitada e membra ativa da comunidade. Quando os moradores de Nagu souberam do plano de receber refugiados, eles rapidamente começaram a se preparar.

“Algumas pessoas estavam preocupadas como os refugiados afetariam a pequena comunidade”, diz Nagu. “Mas, acima de tudo, estávamos curiosos. As pessoas de Nagu costumavam ser viajantes, pescadores – estavam curiosos sobre o desconhecido e as diferentes culturas. Ao invés de nos fecharmos pelo medo, decidimos dar as boas-vindas às famílias e às crianças como nossos hóspedes”.

“Receber os refugiados não é organizar várias atividades estranhas para eles. É garantir que se sintam bem em fazer parte do que a comunidade já está fazendo”.