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ACNUR busca mais apoio para responder à situação na Nigéria

Comunicados à imprensa

ACNUR busca mais apoio para responder à situação na Nigéria

ACNUR busca mais apoio para responder à situação na NigériaDesde o começo do ano, houve um aumento inesperado de refugiados nigerianos que se organizaram para voltar ao país. A situação é particularmente difícil na cidade de Banki, nordeste da Nigéria, onde milhares são forçados a viver na rua, com acesso limitado à água, comida e remédios.
26 Julho 2017

GENEBRA, 26 de julho de 2017 – O ACNUR, Agência das Nações Unidas para Refugiados, está fazendo um novo apelo de 9,5 milhões de dólares para ampliar suas atividades no nordeste da Nigéria. Desde o começo do ano, houve um aumento inesperado de refugiados nigerianos que se organizaram para voltar à Nigéria, a maioria vindo de Camarões.

“Essa é uma nova emergência que requer atenção imediata. Muitos desses repatriados não podem voltar para suas casas devido a preocupações com a segurança, e acabam sendo forçados a se deslocar novamente em péssimas condições humanitárias. Mesmo que o ACNUR não promova ou facilite essas repatriações, devemos fazer tudo ao nosso alcance para ajudar essas pessoas em situação de vulnerabilidade”, diz Volker Türk, Alto Comissário Adjunto de Proteção do ACNUR.

Muitos repatriados ficam em campos e locais de deslocamento superlotados e em condições precárias. A situação é particularmente difícil na cidade de Banki, nordeste da Nigéria, onde milhares são forçados a viver na rua, com acesso limitado à água, comida e remédios.

“Durante minha recente visita à região, não fiquei apenas horrorizado com a escala das necessidades humanitárias, mas também profundamente chocado com o nível do trauma, da divisão social e da desconfiança”, diz Türk, que visitou tanto a Nigéria quanto Camarões nas últimas três semanas.

“Insistimos que a comunidade internacional preste mais atenção a essa situação humanitária e de segurança altamente complexa e desafiadora”, salientou Türk.

À medida que as vulnerabilidades aumentam ao longo do tempo, o financiamento fica, infelizmente, muito abaixo do esperado. Até agora, o ACNUR recebeu 41,1 milhões de dólares de doadores do total de 179,5 milhões necessários em 2017 para Nigéria, Camarões, Níger e Chade.

“O valor atual destinado ao oferecimento de ajuda humanitária não faz justiça à excepcional hospitalidade oferecida pelos governos e comunidades anfitriãs”, disse Valentin Tapsoba, Diretor do Escritório Regional do ACNUR para a África, durante uma conferência de doações para a situação da Nigéria, no dia 24 de julho.

Mais fundos permitiriam que o ACNUR aumentasse sua presença nas regiões de fronteira, melhorando nelas seu monitoramento e proteção. A Agência da ONU para Refugiados também planeja expandir suas instalações de recepção e iniciar campanhas de informação em massa, garantindo que os refugiados nigerianos, no extremo norte de Camarões, tenham informações precisas e atualizadas sobre a situação nas áreas predominantes de retorno da Nigéria.

“Nas minhas recentes discussões com ambos os governos, também ressaltei a necessidade de implementar um mecanismo que ambas as partes possam estabelecer preocupações legítimas de segurança e proteger as necessidades dos refugiados”, acrescentou Türk.

“Eu recebi garantias de que medidas foram tomadas para parar com as repatriações involuntárias, uma questão que tem preocupado profundamente o ACNUR”, diz Türk.

“O primeiro encontro da Comissão Tripartite, esperado para o início de agosto, será um passo positivo em frente à questão”, ele adicionou. A Comissão foi formada após a assinatura, no último mês de março, de um acordo tripartite entre o ACNUR, a Nigéria e Camarões sobre a repatriação voluntária dos refugiados nigerianos, quando as condições estiverem favoráveis.

Entre janeiro e junho de 2017, aproximadamente 135.000 refugiados voltaram para a Nigéria, principalmente mulheres e crianças. A maioria deixou os assentamentos de refugiados de Minawao e Kolofata, na região do extremo norte de Camarões.

O ACNUR está ajudando a responder às necessidades de mais de 2,5 milhões de pessoas que se tornaram refugiadas, deslocadas internas ou repatriadas em toda a região do Lago do Chade como resultado do conflito armado.