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Crianças refugiadas plantam árvores nativas da Mata Atlântica em São Paulo

Comunicados à imprensa

Crianças refugiadas plantam árvores nativas da Mata Atlântica em São Paulo

Crianças refugiadas plantam árvores nativas da Mata Atlântica em São PauloIniciativa promovida pela organização I Know My Rights (IKMR), parceira do ACNUR, possibilitou a sociabilidade entre as crianças de diferentes nacionalidades e o simbolismo sobre a criação de raízes em seu novo país.
5 Julho 2017

São Paulo, 03 de julho de 2017 (ACNUR) – O sábado (1) amanheceu sem sol, temperatura baixa e com a famosa garoa paulistana predominando no céu da capital. Mas para as crianças, isso pouco importava. Em um grupo de cerca de cinquenta delas, entre refugiadas, brasileiras e filhas de pais refugiados, elas se reuniram na extrema zona leste de São Paulo, no Parque do Rodeio, para realizar o plantio de mudas nativas da Mata Atlântica.

 Enquanto os funcionários da prefeitura preparavam o terreno e as mudas para o plantio, crianças provenientes da República Democrática do Congo, Síria, Jordânia, Líbano e Angola desceram do ônibus com muita disposição e felizes com a oportunidade de poder realizar o primeiro plantio de árvores em suas vidas, em solo brasileiro.

“Plantar árvores é uma atitude especial, ainda mais acompanhando crianças e jovens. Toda e qualquer guerra não faz bem e ter um parque como este, no meio da cidade, com muito verde, traz uma sensação de paz e tranquilidade. Isso nos faz olhar para o futuro, não para o passado”, disse a refugiada Salsabil, síria e mãe de uma bebê brasileira que nasceu há dois meses.

Se para os adultos o ambiente mais verde traz um sentimento de segurança, as crianças estavam mesmo mais interessadas no cenário marrom, cor do solo. As crianças, de idades e realidades variadas, tinham em comum a disposição para aprender sobre a mistura da terra com a compostagem para fazer as plantas “crescerem fortes para chegar lá em cima, ficarem bem grandes para nos proteger do sol e da chuva, com ajuda das minhocas e dos insetos para dar flores e frutos”, conforme descreveu Mohamed, de 10 anos, mostrando que aprendeu bem a lição.