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Outras 16 pessoas refugiadas do Afeganistão chegaram ao abrigo temporário de Praia Grande nesta terça

Comunicados à imprensa

Outras 16 pessoas refugiadas do Afeganistão chegaram ao abrigo temporário de Praia Grande nesta terça

5 Julho 2023
Refugiado afegão busca informação em seu idioma no abrigo de Praia Grande, em ação promovida pelo ACNUR. ©ACNUR/Felipe Santoro
São Paulo, 5 de julho de 2023 – Ao término do dia de ontem (04/07), 16 pessoas refugiadas do Afeganistão chegaram ao centro de abrigamento temporário no município de Praia Grande, no interior de São Paulo, vindos do aeroporto internacional de Guarulhos.

Elas se somaram às demais pessoas afegãs que permanecem abrigadas de forma voluntária desde a última sexta-feira (30/06), estando acompanhadas pelos profissionais da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), que tem apoiado o governo federal, o governo estadual e as prefeituras de Guarulhos e de Praia Grande neste processo.

“O ACNUR contribui para a efetividade do acolhimento digno aos refugiados do Afeganistão que vieram ao Brasil em busca de proteção internacional e de novas formas de reconstruírem suas vidas. O visto humanitário é uma importante ação adotada pelo governo brasileiro e que possibilita a chegada segura dessas pessoas ao Brasil. É papel de cada um de nós, dos setores públicos e privados, atuar de forma coordenada para que os refugiados afegãos sejam tratados com respeito e tenham oportunidades de prosperar no país”, afirma Oscar Sanchez Pineiro, representante adjunto do ACNUR no Brasil.

Do total vigente de pessoas abrigadas atualmente em Praia Grande, 53 são pessoas adultas (entre 18 e 59 anos); 43 são crianças; e 3 são idosos. As condições de saúde da população afegã em Praia Grande são plenas após a vacinação realizada, sem qualquer surto de doenças transmissíveis. Até o momento, duas crianças foram diagnosticadas com febre e já foram atendidas pela Unidade Básica de Saúde do governo do estado.

Os profissionais do ACNUR seguem atuando na gestão do abrigo, provendo acesso à informação segura para facilitar as tomadas de decisão desta população, assim como tem atuado no registro dessas pessoas, na atenção específica aos diferentes segmentos, como de mulheres, crianças e idosos, além de prover orientações para melhorias imediatas do espaço, contribuindo para esta implementação.

Com base na experiência do ACNUR em gestão de abrigos, no sábado, foi realizada uma assembleia entre os moradores para que o regramento oficial do espaço fosse discutido e determinado. Com capacidade para 180 pessoas, o ACNUR está promovendo um processo de atenção aos diferentes abrigos no estado de São Paulo para que a reunificação familiar de pessoas até então distantes possa acontecer, de acordo com as suas vontades.

“De acordo com o mandato internacional do ACNUR e como metodologia dos trabalhos humanitários em contextos de abrigamento, estamos propiciando aos órgãos públicos nossos conhecimentos e disponibilizando treinamentos para que a transição da gestão do abrigo seja feita de forma harmônica e dentro dos padrões interacionais, com base no bem-estar da população acolhida”, afirma Pineiro.

De acordo com dados recentes divulgados pelo ACNUR, foram emitidos pelo governo brasileiro mais de 9 mil vistos humanitários para as pessoas afegãs nos países fronteiriços, das quais 6.194 adentraram ao Brasil entre janeiro de 2022 e abril de 2023. Desde dezembro de 2020, o Brasil reconhece a situação de grave e generalizada violação dos direitos humanos no Afeganistão, possibilitando que essa população tenha procedimento facilitado de reconhecimento da condição de refugiado, uma garantia protetiva necessária para assegurar seus direitos e bem-estar.