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Na Colômbia, indígenas lutam pela sobrevivência e pelo direito ancestral sob seu território

Comunicados à imprensa

Na Colômbia, indígenas lutam pela sobrevivência e pelo direito ancestral sob seu território

Na Colômbia, indígenas lutam pela sobrevivência e pelo direito ancestral sob seu territórioOs Sikuani, um dos 87 povos indígenas reconhecidos no território colombiano, há muitos anos são afetados pelo deslocamento. Devido ao conflito armado, eles têm visto ameaçado o seu direito ancestral à terra, às suas tradições e costumes, sua língua, e até mesmo o desejo de regressar a seus territórios.
24 Abril 2017

MAPIRIPÁN, Colômbia, 21 de abril de 2017 – Embora o passado dos Sikuani possa ser caracterizado pelo nomadismo na região da Orinoquía, hoje, devido aos processos forçados de sedentarização, seus 23.000 membros vivem nos departamentos de Vichada, Guainía, Meta, Casanare e Arauca, na Colômbia, e em outras regiões da Venezuela.

No assentamento Chaparral, no município de Maripán, localizado em Meta, vive uma pequena comunidade Sikuani composta por 104 indígenas. De Villavencio, capital de Meta, até o seu território, são necessárias 11 horas de transporte terrestre.

Os indígenas Sikuani enfretam outras dificuldades para sair de sua comunidade, pois não contam com meios de transporte, e por isso enfrentam a pé jornadas de nove ou mais horas.

Nas planícies, rodeados por um verde exuberante, este grupo de indígenas hoje luta para que o governo colombiano reconheça o seu direito ancestral sob o território. Sem saber que tinham o direito de ser reconhecidos como reserva indígena, os Sikuan enfrentaram deslocamento forçado, a colocação de minas explosivas em seus territórios, desapropriação de terra, foram vítimas de confinamento, de recrutamento forçado dos seus filhos, violência sexual contra mulheres e meninas, insegurança alimentar, entre outros.

Pressionados por eventos como os massacres de Mapiripán e Puerto Alvira, localizados em Meta, em 1997 e 1998, onde foram mortas mais de 80 pessoas, e pela presença constante de grupos armados ilegais em seu território, o recrutamento de 5 crianças em 2002 e acusações sobre seus membros serem ajudantes destes grupos, os Sikuani que viviam no assentamento Chaparral foram forçados a deixar seu território.