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Caritas Arquidiocesana de São Paulo abre suas portas para sensibilizar sociedade sobre a situação dos refugiados

Comunicados à imprensa

Caritas Arquidiocesana de São Paulo abre suas portas para sensibilizar sociedade sobre a situação dos refugiados

Caritas Arquidiocesana de São Paulo abre suas portas para sensibilizar sociedade sobre a situação dos refugiadosEvento Portas Abertas comemorou os 49 anos da instituição e promoveu a troca de informações sobre o refúgio em prol da inclusão social.
6 Abril 2017

SÃO PAULO, 05 de abril de 2017 – No último sábado (1), a Caritas Arquidiocesana de São Paulo realizou a quarta edição do “Portas Abertas”, que este ano também celebrou os 49 anos da instituição – celebrado no dia 4 de abril.

O “Portas Abertas” busca fornecer informações sobre refúgio, sensibilizar a sociedade e reverter percepções distorcidas enraizadas no senso comum. Nesta edição, ocorreu uma variada programação que incluiu visitas guiadas pela equipe no espaço onde ocorrem os atendimentos do Centro de Referência para Refugiados. Quem passou por lá ainda pôde comprar comida típica da Síria e do Congo.

Mas o momento mais aguardado do evento foi a roda de conversa com refugiados e refugiadas de países como Mali, República Democrática do Congo, Guiné Conacri, Síria e Venezuela. A mediação ficou por conta do malinês Moussa, voluntário na Caritas, que compartilhou algumas questões referentes ao seu país e também a experiência de atender pessoas que enfrentam as mesmas dificuldades pelas quais ele passou.

A venezuelana Yilmary falou sobre as dificuldades de recomeçar a vida no Brasil, e a responsabilidade de proporcionar um futuro melhor para os filhos. Além disso, ressaltou que “a mulher refugiada tem que estar em todos os espaços”, destacando inclusive o empreendedorismo como aspecto de empoderamento da mulher.

Já o congolês Alphonse começou seu relato trazendo alguns fatos históricos de seu país que facilitam a compreensão da situação política atual. Entretanto, não deixou de abordar as barreiras existentes no processo de integração no Brasil, ao levantar a seguinte questão: “como [nós, refugiados] vamos aprender português, por exemplo, se há brasileiros que não querem conversar ”? Uma pergunta que, certamente, fez o público presente refletir a respeito.

Também fez parte do “Portas Abertas” uma exposição com cartazes indicando dados do último relatório do Centro de Referência para Refugiados. Diariamente, o centro atende entre 100 e 120 pessoas entre refugiados e solicitantes de refúgio.

Percepções do público e música - Quem passou pela quarta edição do “Portas Abertas” levou consigo informação relevante sobre o tema do refúgio. “Foi muito enriquecedor trocar experiências e conhecer um pouco a realidade dos irmãos refugiados”, disse Diego Monteiro, um dos participantes.

Entre os cartazes, algumas histórias anônimas traziam narrativas de variadas situações vividas pelos refugiados, material que serviu para exemplificar os diversos motivos que trazem as pessoas ao Brasil. “Foi um dia maravilhoso em que adquiri novas informações e vi exemplos lindos de superação”, escreveu a brasileira Neli Anjos sobre o Portas Abertas.

Ao final, duas apresentações musicais fizeram o público dançar. A primeira foi conduzida pelo sírio Abdul, que cantou uma música famosa em seu país. Na sequência, todos desceram à rua e dançaram ao som da percussão tocada por Alpha (Guiné Conacri), formando uma grande roda.