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ACNUR traz alívio a iemenitas desabrigados pela guerra

Comunicados à imprensa

ACNUR traz alívio a iemenitas desabrigados pela guerra

ACNUR traz alívio a iemenitas desabrigados pela guerraCarregamentos com ajuda vital chegam ao distrito em conflito de Mokha, onde milhares estão vivendo na rua sem água potável ou saneamento básico. Doações para ajudar as vítimas dessa crise podem ser feitas aqui
27 Março 2017

MOKHA, Yemen, 27 de março de 2017 – Forçada a deixar sua casa devido aos conflitos, Maryam, uma iemenita de 80 anos, vive atualmente na rua com outros dez familiares na cidade portuária de Mokha, na costa do Mar Vermelho.

“Saímos de nossas casas há mais ou menos dois meses quando começaram os conflitos, e estamos nos movendo desde então”, contou à equipe do ACNUR, Agência da ONU para Refugiados. “É muito difícil acomodar-se em qualquer lugar por causa do conflito. Agora não temos comida e vivemos na rua”.

Em Mokha, onde está em curso uma guerra que já dura dois anos, e que tornou-se mais intensa desde janeiro, assim como Maryam, milhares de iemenitas estão desabrigados e lutando para sobreviver sem acesso adequado a água, saneamento básico ou abrigo.

Na semana passada, o ACNUR conseguiu entregar itens essenciais depois de semanas de intensas negociações para acessar a província de Taizz. Cerca de 3.400 pessoas em Mokha, que foram afetadas pelos conflitos, receberam colchões, cobertores, objetos de cozinha e produtos para higiene.

A equipe relatou que um grande número das pessoas desabrigadas estava vivendo em situações desesperadoras, sem saneamento básico e tendo que dividir recursos com comunidades de acolhimento, explicou o porta-voz da ACNUR, Matthew Saltmarsh, em uma coletiva de imprensa no dia 24 de março em Genebra.

“Famílias estão vivendo nas ruas, usando as árvores como abrigo. Muitas disseram que foi a primeira vez que receberam assistência humanitária além de comida”, Saltmarsh disse aos repórteres.

É muito difícil acomodar-se em qualquer lugar por conta do conflito. Não temos comida e vivemos na rua. ”

Dois anos após o início do conflito, há 2 milhões deslocados internos no país, além de 1 milhão de pessoas que voltaram para casa, mas que continuam precisando de assistência humanitária. É preocupante que 84% daqueles que foram forçados a sair de casa estejam deslocados há mais de um ano.

A província ocidental de Taizz tem sido o centro dos conflitos nos últimos dois meses, totalizando cerca de 48.000 pessoas deslocadas da região nos últimos seis meses. Além de Mokha, o ACNUR tem negociado acesso a outros seis distritos dentro de Taizz, e vai trazer assistência emergencial a mais de 42.000 pessoas nas próximas semanas em Dhubab, Al Wazi'iyah, Mawza, Al Ma'afer, Maqbanah e Mawiyah.

Apesar de novas e prolongadas ondas de deslocamento no Iêmen, agências humanitárias, incluindo o ACNUR, continuam fortemente subfinanciadas. O apelo financeiro do ACNUR para responder as necessidades humanitárias urgentes recebe somente 10% do financiamento.

Tamer, um menino de seis anos deslocado de Mokha com sua família para uma vila próxima, resumiu a situação sombria que enfrentam várias pessoas no Iêmen. “Saímos de nossa casa há 10 dias por causa dos conflitos. Agora vivemos debaixo de uma árvore na vila”.