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Casal de refugiados sírios encontra esperança e liberdade por meio da arte

Comunicados à imprensa

Casal de refugiados sírios encontra esperança e liberdade por meio da arte

Casal de refugiados sírios encontra esperança e liberdade por meio da arteEm Skopje, uma exposição com desenhos dos artistas Shergo Musa e Nazli Abdou revela as experiências, as esperanças e os medos de sua família e de seus amigos refugiados.
9 Fevereiro 2017

SKOPJE, Antiga República Iugoslava da Macedônia, 09 de fevereiro de 2017 (ACNUR) – o casal de refugiados sírios Shergo Musa e Nazli Abdou descobriram a paixão pelo desenho quando ainda eram crianças. Agora, depois de viverem por meses em acomodações de um abrigo temporário na Antiga República Iugoslava da Macedônia, eles tiveram a oportunidade de contar as suas histórias por meio da arte.

No mês passado, o ACNUR, a Agência da ONU para os Refugiados, ajudou a organizar a primeira exposição com trabalhos dos artistas que vivem na capital Skopje.

Shergo, de 49 anos, e Nazli, de 43 anos, foram forçados a deixar a sitiada Alepo em 2015 com três de seus cinco filhos. Os dois mais velhos já são adultos – a filha é casada e vive em Qamishli, cidade localizada ao nordeste da Síria, e o filho se mudou para a Áustria há um ano.

A exposição, com curadoria profissional, que está sendo realizada na cinemateca nacional de Skopje, e foi intitulada "Escape to a Better Tomorrow" (Fuga para um amanhã melhor, tradução livre), foi organizada pela equipe do ACNUR em conjunto com o Centro de Gestão de Crises do país. O objetivo era enviar uma mensagem sobre a necessidade de os refugiados continuarem com suas vidas e ajudá-los a alcançar um público mais amplo para sua história. Os desenhos a lápis retratam as experiências, esperanças e medos dos refugiados. Para os artistas e seus filhos – a jovem Alvin, 20 anos, e os meninos Faris, 18 anos, e Lavent, 10 anos – a cerimônia de abertura no dia 12 de janeiro proporcionou uma rara oportunidade de deixar o centro de trânsito onde eles vivem.

“Uma vez que os refugiados sobrevivem à guerra e estão em um lugar seguro, eles não devem apenas sobreviver, mas sim desfrutar de uma vida plena.”

Os refugiados que vivem no centro não têm total liberdade de movimentação, e isso acarreta em pressões psicológicas adicionais para eles.

O Representante do ACNUR em Skopje, Mohammad Arif, disse que a ideia da exposição era apresentar parte das habilidades que os refugiados trazem com eles aos países que os recebem. “Além da assistência humanitária básica e do abrigo, os refugiados desejam criar, desenvolver e viver plenamente - e os países têm de fazer todos os esforços necessários para possibilitar isso”, ele disse.

“Uma vez que os refugiados sobrevivem à guerra e estão em um lugar seguro, eles não devem apenas sobreviver, mas sim desfrutar de uma vida plena”.