Em meio as ruínas de Alepo, ACNUR vê sinais de esperança
Em meio as ruínas de Alepo, ACNUR vê sinais de esperança
ALEPO, Síria, 05 de janeiro de 2017 – Agências da ONU apressam-se para oferecer ajuda emergencial aos civis de Alepo e já percebem novos sinais de otimismo em relação ao futuro, disse Sajjad Malik, Representante do ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, na Síria.
Malik está na cidade acompanhando as necessidades dos civis e administrando a assistência humanitária depois que o conflito ao leste de Alepo terminou no mês passado.
“A alma de Alepo ainda está lá, existe otimismo e esperança”, disse Malik, que também está atuando como coordenador residente humanitário da ONU para a Síria e falou em uma coletiva de imprensa diretamente da segunda maior cidade a Síria, na última quarta-feira.
“Nós precisamos ajudar as pessoas ao leste de Alepo a começar a reconstruir suas vidas e reestabelecer meios de subsistência”, ele acrescentou.
“Nós precisamos ajudar as pessoas ao leste de Alepo a começar a reconstruir suas vidas e reestabelecer meios de subsistência”.
Os brutais combates ocorridos em Alepo, que duraram ao menos quatro anos, terminaram no mês passado quando as forças do governo restabeleceram o controle sobre a cidade antiga. Agora, há esperanças de que as partes em guerra se empenhem em negociações de paz para encerrar o conflito de uma vez por todas.
Estima-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas estejam atualmente em Alepo. Destas, as agências da ONU têm acesso a aproximadamente 400.000, e acredita que a mesma quantidade de pessoas estejam deslocadas dentro da cidade. Algumas famílias se instalaram na casa de amigos e de familiares. Entretanto, milhares estão se abrigando em prédios danificados ou assentamentos informais.
O ACNUR, outras agências da ONU e parceiros, têm focado em assistência imediata. As prioridades são abrigo, comida, combustível, agasalhos, água, saneamento apoio médico e proteção civil à uma população aterrorizada por anos de conflito
Atualmente, a ONU possui apenas cerca de 100 funcionários em Alepo trabalhando em parceria com organizações como o Comitê Internacional da Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho Árabe Sírio, assim como ONGs sírias e autoridades locais.