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Seminário promove inclusão de refugiados no futebol brasileiro

Comunicados à imprensa

Seminário promove inclusão de refugiados no futebol brasileiro

Seminário promove inclusão de refugiados no futebol brasileiroEvento da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro apresenta novo modelo de inclusão de refugiados no esporte, visando promover a iniciativa em outros estados e países.
22 Novembro 2016

Rio de Janeiro, 18 de novembro de 2016 (ACNUR) – Os refugiados de ambos os sexos interessados em iniciar ou dar continuidade à profissão de jogador de futebol já podem ser contratados como atletas nacionais, ficando de fora das cotas que limitam em cinco o número de atletas estrangeiros nos clubes brasileiros.

A medida já foi adotada pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) e será levada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aos demais Estados brasileiros até o ano que vem. A CBF também pretende apresentar a iniciativa à Federação Internacional de Futebol (FIFA).

A contratação de refugiados por clubes de futebol e a integração deles nas sociedades que os acolhem por meio do esporte foram os temas de um seminário promovido ontem pela FERJ. Presente no seminário, o secretário-geral da CBF, Walter Feldman, afirmou que a CBF levará esta proposta para a FIFA até o final deste ano. “Queremos que este exemplo seja levado à outras entidades, pois a importância da integração dos refugiados é um tema central da humanidade. E a CBF assume esse papel de vanguarda com muita alegria”. 

Responsável pelo parecer jurídico que instrumentalizou esta iniciativa no âmbito da FERJ, a advogada Luciana Lopes afirmou ser essencial “distinguir juridicamente os estrangeiros dos refugiados, assim como para efeitos desportivos, para que se possibilite que estes tenham acesso mais adequado à sua inclusão, integração e naturalização”.

Em linha com os preceitos da proteção internacional de refugiados, a medida acolhida pela FERJ e pela CBF reconhece que os refugiados devem usufruir dos mesmos direitos e da mesma assistência básica que qualquer nacional, incluindo direitos fundamentais e trabalhistas que são inerentes a todos os indivíduos.

A medida adotada acontece pouco após a inédita participação, nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, de equipes formadas por atletas refugiados – iniciativa dos comitês Olímpico e Paralímpico internacionais, que contou com o apoio do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados).