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Apesar do acordo de paz, mais pessoas fogem da violência no Mali

Comunicados à imprensa

Apesar do acordo de paz, mais pessoas fogem da violência no Mali

Apesar do acordo de paz, mais pessoas fogem da violência no MaliNo mês passado, mais de 2 mil homens, mulheres e crianças do norte do Mali buscaram refúgio na Mauritânia devido à criminalidade e à violência interétnica.
10 Novembro 2016

CAMPO MBERA, Mauritânia, 10 de novembro de 2016 (ACNUR) - Mãe tuaregues, Fatimata e sua família de pastores de gado se esconderam no deserto do norte do Mali após a violência entre grupos armados que estourou há quatro anos, esperando que a situação melhorasse.

Mas, apesar de um acordo de paz e reconciliação assinado pela ONU em junho do ano passado, que buscava acabar com os anos de revolta na região remota, ela está entre o número crescente de pessoas fugindo do que dizem ser uma piora nas tensões da região.

“Após o acordo de paz, pensamos que a situação iria melhorar, mas vemos que está apenas piorando. Não há lugar seguro no Mali”, disse.

Somente no mês de outubro, mais de 2 mil pessoas como Fatimata atravessaram a fronteira para buscar refúgio no campo de Mbera e seus arredores, no sudeste da Mauritânia. O fluxo é o maior desde 2013. Mais pessoas são esperadas a medida em que é registrado movimento da cidade fronteiriça de Fassala.

“Ele não consegue chegar à cidade mais próxima para vender suas vacas, porque as pessoas armadas se aproveitarão dele”.

A mãe e seu bebê de oito meses estão vivendo em um acampamento improvisado ao redor de um centro de trânsito em Mbera, enquanto esperam com centenas de outros para serem registrados pelo ACNUR, Agência da ONU para Refugiados.

Fatimata espera que seu marido, que é pastor de gado, se junte a ela em breve. Ele foi impedido de deixar o Mali pela insegurança persistente, caracterizada por confrontos armados frequentes, ataques militares e criminalidade.

“Ele não consegue chegar à cidade mais próxima para vender suas vacas, porque as pessoas armadas se aproveitarão dele. Eles usam a força para conseguir o que querem. Se Deus quiser meu marido e nossos rebanhos vão se juntar a mim aqui em Mbera em breve ”, disse.