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Bruna Marquezine visita refugiados sírios no Líbano e na Jordânia

Comunicados à imprensa

Bruna Marquezine visita refugiados sírios no Líbano e na Jordânia

Bruna Marquezine visita refugiados sírios no Líbano e na JordâniaPrimeira missão da atriz brasileira a campos e assentamentos de refugiados no exterior em apoio ao ACNUR e à organização não-governamental IKMR.
4 Novembro 2016

Beirute, LÍBANO, 04 de novembro de 2016 (ACNUR) – A atriz brasileira Bruna Marquezine concluiu ontem uma missão de duas semanas ao Líbano e à Jordânia para conhecer a realidade dos milhões de refugiados sírios que vivem na região. Em o apoio ao ACNUR, a Agência da ONU para Refugiados, e à ONG brasileira IKMR (I Know My Rigths), Bruna esteve nos campos de refugiados de Zaatari e Azraq (na Jordânia) e em assentamentos urbanos nos arreadores de Beirute e no norte do Líbano. 

 

Em suas visitas, Bruna se reuniu com crianças sírias refugiadas e suas famílias, conhecendo de perto a realidade das pessoas que foram forçadas a abandonar seus lares para evitar as trágicas consequências da guerra. A atriz também se reuniu com autoridades brasileiras e com funcionários do ACNUR, que explicaram a ela o cenário do refúgio na Jordânia e no Líbano e as consequências humanitárias do conflito na Síria, que já entrou no seu sexto ano.

“Foi importante ter este contato com os refugiados para ter uma real dimensão da crise de refugiados sem precedentes que estamos vivenciando na atualidade. Fiquei especialmente emocionada nos contatos com as crianças, que demonstram uma grande capacidade de resistência e uma grande disposição em doar carinho e amor, mesmo tendo tão pouco a oferecer”, afirmou a atriz.

Com grande presença nas redes sociais, Bruna divulgou vários conteúdos em seus diferentes canais durante a viagem, e também produziu alguns conteúdos para o ACNUR que serão divulgados em breve. “Espero que, por meio das redes sociais, essa questão possa chegar a um número maior de pessoas, incentivando-as a apoiar a causa dos refugiados”, disse Bruna.  

Bruna tem atuado em defesa dos refugiados há cerca de um ano, quando prestigiou a apresentação do coral infantil “Coração Jolie”, mantido pela organização não-governamental IKMR, que tem o apoio do ACNUR. Desde então, tem participado de outras atividades da ONG -  que atua especificamente com crianças refugiadas -  e apoiado iniciativas do ACNUR, como a gravação de um vídeo de incentivo à Equipe Olímpica de Atletas Refugiados que participou dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. 

As visitas organizadas pelo ACNUR no Líbano permitiram à atriz brasileira conhecer famílias e centros comunitários nos arredores de Beirute, além de visitar projetos de acompanhamento escolar para crianças e acampamentos de refugiados no norte do país. 

De acordo com o relatório Tendências Globais do ACNUR, a mais recente publicação de dados mundiais sobre refúgio, há no mundo mais de 65 milhões de pessoas que foram forçadas a abandonar suas casas devido a razões como conflitos armados, perseguições de diferentes naturezas e violações dos direitos humanos. Destas pessoas, mais de 21 milhões são refugiadas, sendo que os países em desenvolvimento são responsáveis pelo acolhimento de 86% dos refugiados sob mandato do ACNUR.

Só no Líbano, atualmente, vivem mais de 1 milhão de refugiados, o que representa cerca de 25% dos habitantes no país. O Líbano é o país que mais acolhe refugiados em relação à sua população total e mesmo com campanhas de apelo para doação ao ACNUR, sendo necessário US$ 1,9 bilhões para suprir as necessidades existentes, apenas 40% deste total foi arrecadado. A campanha de doação do ACNUR está disponível em doar.acnur.org/bruna

 

A Jordânia é o segundo país que mais acolhe refugiados em relação à sua população nacional – para cada 1000 habitantes, 87 são refugiados. No total, há no Líbano mais de 650.000 refugiados e neste país, apenas 45% do total de investimentos necessários foi captado para as operações do ACNUR.

Em 2015, mais de 1 milhão de sírios foram forçados a deixar seu país, constituindo o maior número de novos refugiados no mundo. Desde o início da crise síria, mais de 6,6 milhões de pessoas do país se tornaram deslocados internos e cerca de 4,8 milhões são refugiados registrados – isso equivale a mais de metade da população da Síria no período pré-conflito.

“É uma situação muito incômoda e angustiante porque limita a perspectiva de vida dessas pessoas, que querem poder voltar para suas casas, ter uma vida normal, poder trabalhar, estudar e viver em paz. O conflito na Síria e em muitos outros países torna o que seria o cotidiano um sonho”, afirma Bruna.