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Chefe do ACNUR afirma ser essencial a proteção de civis nas operações em Mossul

Comunicados à imprensa

Chefe do ACNUR afirma ser essencial a proteção de civis nas operações em Mossul

Chefe do ACNUR afirma ser essencial a proteção de civis nas operações em MossulCom um clique, você pode ajudar milhares de famílias fugindo para salvarem suas vidas: doar.acnur.org
18 Outubro 2016

Bagdá, Iraque, 18 de outubro 2016 (ACNUR) – O Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, afirmou que a proteção de cidadãos é um fator chave para o futuro do Iraque, devendo ser contemplado na estratégia do governo que lançou uma ampla ofensiva militar para a retomada de Mossul.

“Do ponto de vista do ACNUR, a proteção de cidadãos é o elemento mais importante desta operação”, disse Grandi em uma coletiva de imprensa realizada em Bagdá.

Grandi se pronunciou algumas horas depois do início das operações áreas e terrestres para retomar a segunda maior cidade do Iraque, que era lar de aproximadamente 2.5 milhões de pessoas antes de ser tomada por militantes, em junho de 2014.

O chefe do ACNUR, que está em uma missão de quatro dias no Iraque, salientou que recebeu garantias do primeiro ministro iraquiano, Haider Al-Abadi, de que a proteção da população civil seria parte das operações do governo na retomada da cidade. 

“Eu recebi garantias que assim será cumprido, pois é indispensável para o futuro do Iraque, para um futuro dos iraquianos para que possam viver juntos e construir um país próspero”, disse Grandi.

Alto Comissário da ONU para Refugiados, Filippo Grandi, alertou que a proteção de civis deve ser parte da estratégia iraquiana na retomada da segunda maior cidade do país

Na visita do chefe do ACNUR ao Campo 2 de Debaga, durante a ofensiva militar das forças iraquianas e curdas para retomar a cidade de Mossul, ele ressaltou que a prioridade deve ser a proteção dos civis. Assim, evitaria-se um novo fluxo massivo de pessoas deslocadas de Mossul e seus arredores, região devastada pelo conflito no norte do Iraque.

"Quanto mais civis se sentirem protegidos dentro de Mossul, menos eles serão deslocados. E para aqueles que sentem que têm de ir porque é perigoso, eles têm que ser tratados com dignidade, e no pleno respeito dos seus direitos", afirmou.

No pior dos cenários projetados, o ataque pode resultar no deslocamento de mais de um milhão de civis, com a possibilidade de haver centenas de milhares necessitando assistência para abrigo e outros serviços básicos, conforme alertado por agências humanitárias.

Grandi enfatizou que a triagem daqueles que estão deixando a cidade deve ser realizada "da maneira mais apropriada possível" - de preferência supervisionado por monitores das Nações Unidas.

Abrigos para civis que foram deslocados devido aos ataques devem ser providenciados em um local distante das áreas de conflito para assegurar que grupos vulneráveis, em particular mulheres e crianças, “estejam seguros na medida do possível”, afirmou.

Para cumprir esta função, a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) instalou cinco campos de refugiados com capacidade para abrigar 45 mil pessoas que deixaram Mossul e áreas próximas. Há um planejamento para que sejam abertos um total de 11 campos nas próximas semanas, com a capacidade de abrigar 120.000 pessoas, a serem montados em áreas seguras, distantes do conflito.

ACNUR instalou cinco campos de refugiados com capacidade para abrigar 45 mil pessoas que deixaram Mossul e áreas próximas.

As operações militares no Iraque estão em andamento nos arredores de Mossul há vários meses. Desde maio deste ano, mais de 180 mil pessoas tiveram que abandonar a região devido ao conflito.