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ACNUR entrega ajuda vital para famílias isoladas no Iêmen

Comunicados à imprensa

ACNUR entrega ajuda vital para famílias isoladas no Iêmen

ACNUR entrega ajuda vital para famílias isoladas no IêmenA Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), entregou cobertores, colchões e outras ajudas de emergência para 1.000 famílias em Taizz, no sudeste do Iêmen.
16 Fevereiro 2016

Genebra, 16 de fevereiro (ACNUR) - A Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), entregou cobertores, colchões e outras ajudas de emergência para 1.000 famílias em Taizz, no sudeste do Iêmen. A maioria dessas famílias estava isolada por meses, devido aos intensos combates no centro da cidade.

A cidade de Taizz concentra alguns dos mais intensos combates no conflito que vem acontecendo no Iêmen, que já está no décimo mês. Mais de 200.000 habitantes estão sem acesso a ajuda humanitária regular.

O ACNUR não conseguia acessar a cidade por mais de cinco meses. A entrega em 14 de fevereiro, que foi apoiada por outras organizações de ajuda local, precisou de mais de três semanas de negociações entre o ACNUR e as partes em conflito para permitir que os caminhões de suprimentos essenciais chegassem aos distritos de Al Qahirah, Salh e Al Mudhaffar.

A assistência acontece na sequência de uma entrega de alimentos e suprimentos médicos provida por outras organizações de ajuda humanitária. O representante do ACNUR, Johannes Van Der Klaauw, liderou a missão para supervisionar a distribuição e testemunhar a necessidade crítica da população com relação aos itens fornecidos pela agência.

"Ele observou que esta primeira distribuição emergencial de itens básicos e de necessidade doméstica deve ser o início para o acesso contínuo de entrega de vários outros tipos de auxílios para essa cidade e distritos vizinhos", disse o porta-voz do ACNUR, Andreas Needham, a repórteres em uma entrevista coletiva realizada em Genebra. Ele também reiterou o apelo do ACNUR para o acesso contínuo e sem obstáculos a respostas humanitárias.

O número de deslocamentos continua a subir na província de Taizz, que agora abriga o maior número de pessoas internamente deslocadas no país. São aproximadamente 400.000 pessoas, o que corresponde a 16% do total dos 2,5 milhões de deslocados internos atualmente no mundo.

Embora esta semana foi a primeira em que a ajuda do ACNUR tenha conseguido chegar ao centro da cidade de Taizz, que estava bloqueada pelo conflito, a Agência da ONU para Refugiados tem fornecido ajuda de emergência a vários distritos na região desde junho de 2015 - artigos de socorro foram entregues para quase 1.800 pessoas em quatro distritos: Maqbanah, Ash Shamayatayn, Dimnat Kadir e Ta'iziyah – por meio de um parceiro nacional.

 

Homem descarrega colchões de caminhão de ajuda humanitária do ACNUR, em Taizz.

Várias tentativas de chegar às regiões próximas de Taizz não tiveram êxito em setembro do ano passado.  Desde dezembro, o ACNUR e seu parceiro distribuíram ajuda humanitária a cerca de 29.000 deslocados internos em cinco outros distritos: Dimnat Khadir, Al Ma'afer, Al Mawasit, At Ta'iziyah e Jabal Habashy.

Até 15 de fevereiro, o ACNUR propiciou ajuda a 346.500 deslocados e pessoas afetadas pelo conflito em 20 das 21 províncias do Iêmen com ajuda de emergência, fornecendo cobertores, colchonetes, baldes de plástico, lonas de proteção, utensílios de cozinha, tendas e kits de abrigo de emergência (compostos por postes de madeira, lonas e ferramentas como martelo, machado, cordas e pregos).

A situação humanitária no Iêmen continua crítica, com uma estimativa de 21,2 milhões de pessoas - o equivalente a 82% da população – com necessidade de algum tipo de assistência humanitária, e o conflito continua a forçar as famílias a fugir de suas casas.

Recentemente, o ACNUR lançou uma resposta à situação de emergência aos deslocados internos no Iêmen e para aqueles que são forçados a fugir para os países vizinhos. A medida aponta para a necessidade de US$ 172 milhões, mas, até o momento, foram arrecadados apenas 5% desse total (US$ 8,6 milhões), ou seja, há uma lacuna de financiamento de US$ 163,6 milhões.

A resposta à emergência no Djibouti condiz com apenas 1% do valor necessário, enquanto nenhum financiamento foi recebido para as respostas na Etiópia, Somália e no Sudão. O plano revisado de resposta humanitária ao Iêmen será lançado pelo coordenador humanitário para o Iêmen já nos próximos dias.