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Conflitos no Sudão do Sul causam milhares de refugiados na República Democrática do Congo

Comunicados à imprensa

Conflitos no Sudão do Sul causam milhares de refugiados na República Democrática do Congo

Conflitos no Sudão do Sul causam milhares de refugiados na República Democrática do CongoOs recentes combates locais entre grupos armados e o exército do Sudão do Sul, na região equatorial ocidental do país, obrigaram mais de 4.000 pessoas a fugir.
4 Dezembro 2015

GENEBRA, 04 de dezembro (ACNUR) - Os recentes combates locais entre grupos armados e o exército do Sudão do Sul, na região equatorial ocidental do país, obrigaram mais de 4.000 pessoas a fugir para um remoto local no leste da República Democrática do Congo (RDC), confirma a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR).

Duas equipes do ACNUR registraram até o momento 3.464 refugiados recém-chegados em áreas perto da fronteira da RDC, na região de Dungu, logo após uma série de confrontos entre o exército e um grupo armado conhecido como "Arrow Boys" (Meninos Flecha, tradução livre).

As equipes do ACNUR também relataram que 1.206 refugiados congoleses, que já estavam no Sudão do Sul, fugiram para a mesma área, devido aos combates. O campo de refugiados Ezo, no Sudão do Sul, que foi originalmente o lar de cerca de 3.300 congoleses refugiados, agora está praticamente vazio, uma vez que as famílias de refugiados restantes fugiram para os demais campos nas proximidades.

O registro de refugiados na República Democrática do Congo está sendo feito nas áreas ao longo da fronteira e estão sendo relatados um número crescente de recém-chegados. O escritório mais próximo do ACNUR é a cerca de 400 quilômetros de distância do campo, na cidade de Bunia, acarretando uma longa viagem para que a equipe do ACNUR pudesse chegar às localidades onde estão os refugiados.

"Enquanto alguns refugiados estão dormindo a céu aberto ou em cabanas abandonadas, sem teto, a maioria está sendo abrigada por famílias locais, entre elas ex-refugiados sudaneses de conflitos anteriores", disse o porta-voz do ACNUR, Adrian Edwards, em uma coletiva de imprensa em Genebra.

"Os refugiados dizem que suas necessidades mais urgentes são abrigo, alimentação e cuidados médicos. O hospital mais próximo fica a cerca de 80 quilômetros de distância. Mais avaliações vão ajudar a determinar o apoio necessário. Muitos dizem que não voltarão para o Sudão do Sul se não houver paz", acrescentou o porta-voz.

O conflito do Sul do Sudão eclodiu em Juba, em dezembro de 2013, completando então dois anos de duração. Até agora, 2,3 milhões de pessoas foram forçadas a fugir de suas casas, 650.000 dessas pessoas cruzaram fronteiras como refugiadas e outras 1,65 milhão está na condição de deslocado interno.

A maioria dos refugiados está na Etiópia (226.000), Sudão (198 mil), Uganda (172.000) e Quênia (49.000). Mesmo com essas condições, o Sudão do Sul continua a acolher 265.701 refugiados da região do Kordofan do Sul e do Nilo Azul, áreas vizinhas do Sudão.